Neste mês de julho, o nosso querido Brasil abrirá sua mente e coração
para recepcionar, festivamente, Sua Santidade, o Papa Francisco. A
presença carismática do novo chefe da Igreja Católica será, certamente,
uma forte motivação para ouvirmos de perto, não só sua mensagem
missionária, mas, sobretudo sentirmos seu testemunho vivo de alguém
iluminado que vem nos mostrar os novos caminhos, os novos paradigmas, a
nova primavera que inspira os rumos de uma igreja que se renova e se
posiciona para resgatar a trilha, os passos, os ensinamentos de Jesus.
Virá
presidir a Vigésima Oitava Jornada Mundial da Juventude. O evento
internacional, como vem acontecendo, através da história contemporânea,
traz consigo um foco específico, um olhar preferencial para os nossos
jovens.
Sabermos
que a juventude de nossos dias vem sendo ameaçada por um caudal
negativo de fatores, que está a minar seus valores, a desviar seu
idealismo, a conspirar contra a generosidade inata que anima e
entusiasma a juventude de todos os tempos.
São
ameaças objetivas que se servem da imutabilidade psíquica dos nossos
jovens, e emolduradas com apelos fáceis e promessas falsas, os levam ora
ao inferno das drogas, ora a fatuidade do consumismo, ora a doutrinas
eivadas de princípios malsãos, extirpando do seu íntimo, a beleza de sua
juventude, a alegria do viver, o entusiasmo sadio da bela aventura do
criar o novo, do modificar estruturas, de construir uma família
solidária, uma sociedade justa, uma pátria mais feliz.
Esta
Jornada é um toque de clarim, que intenta despertar a juventude e
dizer-lhes que são eles os guardiões do tesouro da esperança, os
cavalheiros dos sonhos, os construtores de um mundo, onde a Paz é altar,
a Alegria é o templo e a celebração é o encontro fraternal da
humanidade.
É
no embalo de todo este levantar-se que se insere o grande convite desta
jornada: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações.” (Mt 28, 19).
O
Papa Francisco vem, através de todos os seus pronunciamentos,
revelando-se como um autêntico missionário. Calçou as sandálias do
pescador e saiu espalhando por todos os recantos as sementes da ternura,
da simplicidade, do despojamento, da humildade.
O
mundo hoje se volta para Roma, e atônito contempla um latino-americano
saindo como ele mesmo o diz, “lá do fim do mundo” renunciando as pompas
vaticanistas, rompendo os protocolos principescos, indo ao encontro do
povo. Quer sentir o cheiro do povo, a angustia do homem, a insegurança
da sociedade, e com a humildade de um peregrino, prega com doçura e com
firmeza que mais do que nunca o Cristo vivo dos evangelhos se faz
presente no nosso mundo conturbado.
É
neste arauto da boa nova, que vem ao encontro de todos os brasileiros e
de todos os homens de boa vontade e nesta Jornada Mundial da Juventude,
dizer-nos que nem tudo está perdido, a chama da Esperança e da Fé ainda
continua acesa no crepúsculo do horizonte de todos, dos crentes e não
dos crentes, dos animados e desanimados, dos pessimistas e otimistas, de
todos que aspiram e se esforçam por um mundo melhor.
A
juventude será o símbolo do novo estandarte que começará a tremular na
nau peregrina desta Jornada, que acredita que novos ares irão oxigenar a
desilusão do nosso povo abatido por guerras, por desavenças, por
fanatismos, por violências, por falta de Fé, por ter perdido o sentido
espiritual da vida e esquecido a presença de Deus.
O
desafio está posto, o palco se encontra montado, os pregoeiros são
estes jovens, lépidos, alegres, com o coração pleno de amor, a nós cabe
pedir passagem e ingressar neste grande mutirão e com eles apregoarmos:
nós também temos Fé, nós também temos esperança, nós também queremos ser
construtores desta nova Terra e deste novo Céu, que se abrem para todos
nós.
Acorde e celebremos juntos a Vigésima Oitava Jornada Mundial da Juventude!
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