Barroso diz que não se deve votar pela multidão; Marco Aurélio o chama de "novato"
Os ministros Marco Aurélio Mello e Luís Roberto Barroso divergiram nesta quinta-feira (12), em sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) que analisa se a Corte deve ou não aceitar os embargos infringentes, recursos que podem reabrir o julgamento de 12 réus condenados no mensalão.
Irônico, Marco Aurélio chama Barroso de "novato"
"Não estou almejando ser manchete favorável. Sou um juiz constitucional, me pauto pelo que acho certo ou correto. O que vai sair no jornal no dia seguinte, não me preocupa". "Eu cumpro o meu dever. Se a decisão for contra a opinião pública é porque este é o papel de uma Corte constitucional", declarou o ministro, o mais novo integrante do STF, empossado em junho deste ano.
Segundo Barroso, a "opinião pública é muito importante numa democracia", mas não deve pautar os votos dos ministros. "A multidão quer o fim deste julgamento. E devo dizer que eu também. Mas nós não julgamos para a multidão. Nós julgamos pessoas. Eu não estou aqui subordinado à multidão, estou subordinado à Constituição", declarou.

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