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Distribuído na região do Cariri, principalmente no triângulo JUABC, formado por Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato, as tres principais cidades caririenses, o panfleto não esclarece absolutamente nada sobre as denúncias, mas ataca violentamente os jornalistas que têm divulgado as acusações contra o bispo Fernando Panico, chamando-os de covardes e criminosos. o panfleto procura desviar a atenção do povo do Cariri do verdadeiro foco, que é a escandalosa gestão do bispo Fernando Panico, para um foco falso, que seria uma guerra de evangélicos contra católicos.

ESCÂNDALO DO BISPO DE CRATO TEM
APELAÇÃO POR JOGO SUJO E COVARDE
Denunciado ao Ministério Público, investigado pela Polícia Civil do Ceará por crime de estelionato, acusado de formação de quadrilha em negociatas de imóveis da Diocese com agiotas do Cariri e alvo de protestos populares, o bispo de Crato, Fernando Panico(foto), acuado, ao invés de dar entrevista à imprensa, partiu para a ofensiva, de forma desastrada. Nessa semana, o povo do Cariri foi surpreendido por apelação ao tão conhecido jogo sujo e covarde da política: panfleto contra os adversários. É jogo sujo porque usa mentiras, calúnias e difamações e é covarde porque seus autores se escondem no anonimato. Mas o panfleto tem digitais da cúria diocesana.
Foto: Bispo de Crato, Fernando Panico
Distribuído na região do Cariri, principalmente no triângulo JUABC, formado por Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato, as tres principais cidades caririenses, o panfleto não esclarece absolutamente nada sobre as denúncias, mas ataca violentamente os jornalistas que têm divulgado as acusações contra o bispo Fernando Panico, chamando-os de covardes e criminosos. Ou seja, o crime não está no bispo com seus denunciados desvios de conduta, mas na mídia pela divulgação desses desvios. Nada mais fascista. Com texto de linguagem apelativa, parecendo mais um manifesto radical de guerra religiosa, em tom parecido ao das mensagens do ex-ditador do Iraque, Saddan Hussein, usando em vão o nome de Alá diante dos ataques dos Estados Unidos, que acabaram destruindo o Todo-Poderoso de Bagdá, o suspeito panfleto agride a mídia que tem dado cobertura aos escândalos do bispo afirmando que se trata de uma “conspiração diabólica” que envolve “instituições poderosas e homens poderosos”. Também insinua que por trás de tudo devem estar protestantes e seitas que sempre perseguiram a Igreja Católica. Ou seja, o panfleto procura desviar a atenção do povo do Cariri do verdadeiro foco, que é a escandalosa gestão do bispo Fernando Panico, para um foco falso, que seria uma guerra de evangélicos contra católicos. Tanto assim pretende que o panfleto encerra com o grito de “Viva a Igreja Católica Apostólica Romana”. Vejam o texto do panfleto apócrifo na íntegra: “Nós, o clero, os jovens, os casais, as famílias e os cidadãos de bem da região do Cariri, não suportamos mais tantas mentiras, calúnias, difamações e perseguições covardes contra o nosso reverendíssimo bispo de Crato, dom Fernando Panico. Tudo o que nós temos visto e ouvido contra dom Fernando Panico, trata-se de um Plano Maligno, por parte de instituições poderosas e homens poderosos para tentar derrubar o Sucessor dos Apóstolos, o Bispo Defensor dos Apóstolos, o Bispo da Mãe das Dores, o Bispo de Nossa Senhora da Penha. Estamos nos mobilizando, como nunca, todos os fiéis católicos da Diocese de Crato, para defender, nos termos da Lei, e em fidelidade a Jesus Cristo e à Santa Igreja Católica, Apostólica Romana, o Bispo do Povo, o Bispo das Romarias, dom Fernando Panico. Não se deixe manipular pela mídia, pela imprensa, pelas instituições poderosas e pelos homens poderosos, É um jogo de covardia para tentar fazer o Defensor do Padre Cícero renunciar à missão que Deus e a Santa Igreja lhe confiaram. Mas, dom Fernando Panico, por amor a Jesus Cristo e à Santa Igreja Católica Apostólica Romana, nunca irá renunciar, pois todo o povo está a seu lado. Apenas quem não tem convicção ou não lembra tudo que dom Fernando Panico fez ou faz pela nossa Diocese se deixa manipular e até se vender nesta conspiração diabólica contra o Bispo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não se deixe manipular. Não se deixe ser usado. Que renunciem os ímpios! Que renunciem os inimigos da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, os camuflados e os declarados. Jesus Cristo disse aos Bispos(Sucessores dos Apóstolos): “Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita (Lucas 10,16). Não se deixe manipular, nem permita ser usado por esses criminosos. Não se deixe influenciar por esses que estão apenas interessados em destruir a fé católica, que já é tão perseguida pelos protestantes e seitas. Estamos com dom Fernando Panico até o fim e Jesus Cristo prometeu: “As portas do Inferno não prevalecerão contra a minha Igreja”(Mateus, 16,18). O bem sempre vence o mal. São Paulo diz: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”(Romanos, 8, 31). Não se deixe manipular, nem ser usado por esses criminosos. Eles são astutos, enganadores e malfeitores. Nós, católicos, temos o Espírito Santo, que nos confirma a verdade e nos fortalece para estarmos sempre ao lado do Bispo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Bispo do Santo Padre Cícero, o Bispo da Mãe das Dores, o Bispo de Nossa Senhora da Penha. Viva a Santa Igreja Católica Apostólica Romana!”. Como faz parte da mídia atacada nesse libelo, o Juanorte deseja apresentar alguns esclarecimentos aos seus leitores: O Juanorte tem apresentado várias matérias mostrando o bispo de Crato mal na foto porque tem se reportado aos atos e fatos que têm colocado o bispo numa situação delicada de sucessivos escândalos; o Juanorte desconhece qualquer “conspiração”, muito menos diabólica, de “instituições poderosas, homens poderosos” para derrubar o bispo, considerando que se o atual bispo de Crato cair, será derrubado pelos seus próprios atos; o Juanorte entende que acusar os veículos de imprensa de “astutos, enganadores, criminosos e malfeitores” é atitude de acuado desesperado que não tem o que dizer à população e apela para a manipulação por meio de um panfleto acusatório; o Juanorte lamenta que o bispo prefira ficar enclausurado em seu palácio de espelhos onde se satisfaz só enxergando a si mesmo e não conceda entrevistas à imprensa, negando-se inclusive à Rede Globo que já divulgou seus escândalos para todo o Brasil; o Juanorte lembra que a expressão, ressaltada no panfleto, “Santa Igreja Católica Apostólica Romana”, é uma apelação.Nem mesmo o Vaticano usa mais a expressão “Romana”. Até na hora da reza do Credo limita-se à “Santa Igreja Católica Apostólica” deixando fora o termo “Romana”; o Juanorte considera uma vergonha e uma desonra para a “Santa Igreja Católica Apostólica”, negociatas com agiotas ou atitudes próprias de estelionato, coisas pecaminosas e não santas; o Juanorte entende também que se o panfleto, ao atacar “instituições poderosas” , quer se referir ao Ministério Público e à Polícia Civil do Ceará, elas estão apenas cumprindo seu dever legal de investigar os malfeitos denunciados; o Juanorte avalia como mensagem vazia do panfleto a afirmação de que o bispo é Sucessor dos Apóstolos, Defensor do Santo Padre Cícero, Bispo da Mãe das Dores e Bispo de Nossa Senhora da Penha. Isso são apenas palavras ao vento, não vale nada. É falso discurso para enganar incautos. Como ensinam os próprios Evangelhos, de nada adiantam as palavras se não existem práticas ou se as práticas são o contrário das pregações. Ou de outra forma: um bispo tem obrigação de “Pregar o Evangelho” e também de “Viver o Evangelho”. Achar que “Pregar o Evangelho” é bastante para o testemunho cristão de um bispo é reducionismo, pois não vale nada se o bispo não “Viver o Evangelho” com suas atitudes e práticas. Se a pregação é correta, mas a vivência é incorreta, esta anula aquela, e o resultado não testemunha nem honra a Cristo. Se preferem citações evangélicas diretas como fez o panfleto, lá vai São Paulo: “Convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância” (Tito 1.7). Ou lá vai São Mateus: quem prega o Envagelho mas não pratica o Evangelho “é como um homem que constrói a sua casa sobre areia” (Mt 7.26). As práticas confirmam ou anulam as palavras; no caso do bispo, anulam. Está construindo sua casa sobre areia. Finalmente, o Juanorte avalia que, embora esconda seus autores na covardia do anonimato, o panfleto tem digitais diocesanas. Das duas, uma: ou foi feito por assessores, asseclas e áulicos do bispo com autorização ou ordem dele ou foi feito diretamente pelo próprio bispo e distribuído com autorização dele. Quais são as digitais? Um panfleto de origem popular católica jamais usaria citações evangélicas com referências precisas de apóstolos narradores, capítulos e versículos. Por um razão muito simples: infelizmente, não faz parte da cultura e da catequese dos fiéis católicos, por omissão da Igreja, o hábito de leitura disciplinada da Bíblia ou dos Evangelhos como acontece na cultura dos protestantes (Batistas, Presbiterianos, Luteranos, Anglicanos, Assembleistas e outras denominações que têm como característica básica entre seus fiéis a leitura permanente e diária da Bíblia e dos Evangelhos, buscando o que eles chamam de “o conhecimento da Palavra” para melhor entendê-la, seguí-la e cumpri-la). Por isso, os protestantes sabem de cor o que dizem Mateus e São Paulo, referidos no apócrifo panfleto, ao contrário dos católicos que, quando muito, lembramos as expressões ditas nos Evangelhos por ouvir dizer em pregações nas missas e outras cerimônias católicas, mas dificilmente sabemos precisar seus autores e muito menos seus capítulos e versículos. Na Igreja Católica, isso é quase exclusivo de padres e bispos por obrigação e dever sacerdotais e institucionais, como se apenas eles tivessem, por formação, o privilégio de interpretação bíblica ou evangélica, ficando os fiéis apenas como ouvintes. Por isso, o tal panfleto dirigido ao “amado povo católico” do Cariri ou é de autoria de assessores, asseclas ou áulicos do bispo ou é de autoria do próprio bispo. E é assim que está sendo interpretado pelos que tiveram acesso ao panfleto em Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato. Nas três cidades, os católicos, que também são eleitores, sabem muito bem o que é isso: nas campanhas eleitorais, políticos desonestos, indecentes e antiéticos usam panfleto para espalhar boatos, mentiras, calúnias, injúrias e difamações contra adversários, um jogo sujo, repudiável, eticamente, moralmente. Portanto, além de não esclarecer nada (aliás, esse não é papel de panfleto), a iniciativa, pretensamente em defesa do bispo de Crato, aumenta ainda mais confusão (esse sim é o papel de panfleto) que já não é pequena: atrai a ira de protestantes no Juazeiro, Barbalha e Crato contra discurso ultrapassado do bispo em apuros enquanto o próprio Papa Francisco está acenando com aproximação aos evangélicos. Quando o panfleto encerra pregando “Viva a Igreja Católica, Apostólica, Romana!” expressa, obviamente, a exclusão de Batistas, Presbiterianos, Anglicanos, Assembleístas e outras denominações que somente no Brasil somam mais de 40 milhões compondo o mundo cristão. Em relação às realizações do bispo, lembradas pelo panfleto sem dar exemplos, é tão somente falácia. Embora dado como certo no Juazeiro que o bispo tem levado para Crato todo o dinheiro dos fiéis e romeiros arrecadado na Basílica de Nossa Senhora das Dores e na Capela do Socorro, e é muito dinheiro, não se conhece nada, absolutamente nada, feito pelo bispo Fernando Panico em favor do povo do Juazeiro. Juazeiro garante à Diocese dinheiro que poderia ser revertido para manter no Juazeiro faculdade, hospital, emissora de rádio, fundação cultural, retiro dos velhos e outros empreendimentos, mas Juazeiro não tem nada da Diocese, nem uma “obrinha social”, nem um “alberguezinho”, nada. Pelo contrário, o que mais se ouve no Juazeiro é reclamação contra o bispo por estar dilapidando o patrimônio religioso da cidade vendendo imóveis adquiridos ao longo de muitos anos pelo saudoso vigário Padre Murilo Barreto. Quanto ao alerta verdadeiro de Cristo de que “as portas do inferno não prevalecerão contra a minha Igreja” é bom lembrar um episódio histórico: O ambicioso imperador da França, Napoleão Bonaparte(1804-1814), depois de ter mantido o Papa Pio VII(1800-1823) prisioneiro em Fontaineublau, achou que também poderia comandar a Igreja Católica e assim alcançar a hegemonia total na Europa e no mundo. Então redigiu uma Concordata(1804), que entregou ao cardeal Consalvi para o Papa assinar, dizendo que voltaria no dia seguinte para pegar o documento. Isso significaria vender a própria Igreja ao imperador. Quando voltou, ao saber que Pio VII não havia assinado a Concordata, o imperador teve uma explosão de raiva e ameaçou: “Se este documento não for assinado eu destruirei a Igreja Católica Romana”. Calmamente, o cardeal Consalvi retrucou: “Majestade, se papas, bispos e padres não conseguiram destruir a Igreja em 19 séculos, como Vossa Alteza espera consegui-lo durante os poucos anos que restam de sua vida?”. Moral da história: como é uma instituição de objetivo sobrenatural sob direção humana, a Igreja tem prelados pecadores e delinqüentes no seu comando, mas ela resiste porque tem a proteção do Espírito Santo. Consciente disso, Cristo nunca prometeu que os bispos de sua Igreja seriam santos. Ele mesmo teve, entre seus apóstolos, um Judas, ganancioso por dinheiro, mau caráter e traidor.Por isso, mesmo sabendo que a Igreja teria entre seus líderes bispos pecadores, ímpios e irresponsáveis, capazes de crimes como inquisição, corrupção, tortura, pedofilia e estelionato, Cristo garantiu: “As portas do Inferno não prevalecerão contra a minha Igreja”. Diante disso tudo, o Juanorte devolve a acusação panfletária: os mentirosos, caluniadores, difamadores, manipuladores, camuflados, covardes e criminosos não estão na margem do rio onde está a mídia, mas no outro lado do rio onde está o bispo. Chega-se à conclusão de que, de acordo com o andar da carruagem diocesana no Cariri, assessores intempestivos, oportunistas, aventureiros ou despreparados do bispo de Crato vão acabar levando-o à loucura ou às portas do Inferno.Em resumo: a casa do bispo construída sobre areia está desabando

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