A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (24), em Nova
Iorque, durante discurso de abertura da 68ª Assembleia-Geral das Nações
Unidas, uma solução negociada para o conflito na Síria. A presidenta
disse que o Brasil, que tem na descendência síria um importante
componente de sua nacionalidade, está profundamente envolvido com este
drama.
“Dois anos e meio de perdas de vidas e destruição
causaram o maior desastre humanitário deste século (…) É preciso impedir
a morte de inocentes, crianças, mulheres e idosos. É preciso calar a
voz das armas – convencionais ou químicas, do governo ou dos rebeldes.
Não há saída militar. A única solução é a negociação, o diálogo, o
entendimento”, disse.
Dilma afirmou apoiar o acordo obtido entre os Estados Unidos e a
Rússia para a eliminação das armas químicas sírias. A presidenta
ressaltou que cabe ao governo sírio cumpri-lo integralmente, de boa-fé e
com ânimo cooperativo. Ela disse ainda que o governo brasileiro repudia
intervenções sem autorização do Conselho de Segurança pois tal atitude
só agravaria a instabilidade política da região e aumentaria o
sofrimento humano.
“A história do século XX mostra que o abandono do
multilateralismo é o prelúdio de guerras, com seu rastro de miséria
humana e devastação. Mostra também que a promoção do multilateralismo
rende frutos nos planos ético, político e institucional”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário