
Roberto Bulhões
O Ministério Publico de
Juazeiro do Norte (MP), através da Promotora de Justiça Alessandra Magda
Ribeiro Monteiro, se reuniu nesta sexta-feira com os vereadores e uma das lideranças
do movimento que ocupa as instalações do prédio do legislativo, na tentativa de
encontrar a melhor saída para o impasse. O plenário da Câmara Municipal está
ocupado desde a ultima terça-feira por cerca de 50 manifestantes. Eles fazem inúmeras reivindicações e alguns radicalizaram o movimento.
Após as reuniões e uma inspeção
nas instalações da Câmara Municipal, a promotora foi pessoalmente conversar com
os ocupantes e tentou a todo custo viabilizar uma solução pacifica para que eles
desocupassem o prédio ontem. O prazo era até o final da tarde. Os manifestantes
se reuniram em assembleia e resolveram permanecer com a ocupação, frustrando o Ministério
Publico que tentou de todas as formas pacifica, o entendimento com eles.
Segundo a promotora, boa
parte do que vem sendo reivindicado pelo movimento está sendo alvo de
fiscalização por parte do Ministério Publico e as providências estão sendo tomadas
na medida do possível. A promotora se comprometeu com os ocupantes do
legislativo em realizar várias audiências publica para tratar das novas reivindicações,
algumas que são de médio e longo prazo. “Muitas das reivindicações são justas,
mas não podem ser realizadas num passe de mágica”, disse a promotora.
Por sua vez o presidente
da Câmara Municipal, Darlan Lobo, deu entrada na justiça com o pedido de
reintegração de posse, como determina a lei. Caso não o fizesse, poderia ser
enquadrado por improbidade administrativa. A expedição do mandado por parte da
justiça pode sair a qualquer momento e a desocupação terá que ser imediata. A
ocupação, segundo o MP, vem trazendo sérios problemas para o município e
inviabilizando o Poder Legislativo de realizar seus trabalhos.
Por medida de precaução a
promotora Alessandra Magda determinou que todas as dependências interna e
externa da câmara fossem fotografadas e enviou um funcionário do MP para colher
maiores informações sobre possíveis danos ao patrimônio publico, inclusive a
que haveria pessoas fazendo uso de drogas e praticando sexo dentro do plenário
do legislativo juazeirense. "Esperei o entendimento harmonioso dos ocupantes
do legislativo, mas infelizmente não foi possível", afirmou a promotora,
que deve acompanhar pessoalmente a desocupação como determina a lei.
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