Diário do Poder no domingo

  • Deputados se apressam no início de cada legislatura para apresentar e aprovar Atos da Mesa Diretora e Resoluções do Plenário que alteram a estrutura administrativa da Câmara dos Deputados, adicionando cada vez mais cargos aos quadros. No início da legislatura atual, em 2011, a “reestruturação” adicionou às oito maiores bancadas (à época PT, PP, PMDB, PSDB, DEM, PR, PSB e PDT) mais 84 cargos comissionados.

  • A mudança na estrutura para acomodar aspones custa R$ 8,68 milhões a mais para cada um dos quatro anos de mandato dos deputados.

  • O PSD ficou de fora da farra pois não existia no início de 2011, mas a Resolução nº 9/2011 criou 56 cargos ao custo de R$ 5,6 milhões.
  • PROS e Solidariedade serão como o PSD: não existiam no começo da legislatura, mas serão agraciados com dezenas de cargos comissionais
  • As Resoluções de nº 4 de 2011 e nº 1 de 2007 alteraram as estrutura e presentearam partidos com cargos comissionados.

  • O ex-presidente Lula aconselhou lideranças petistas a não partir para o enfrentamento público com o governador Eduardo Campos (PSB-PE) e a ex-senadora Marina Silva, que se uniram para disputar a Presidência em 2014. Para Lula, dar corda neste momento – sem a divulgação de pesquisas para avaliar os riscos reais – só aumenta a exposição da dupla na mídia e pode inviabilizar apoio num eventual segundo turno.

  • Em reunião esta semana com políticos de Pernambuco, Lula pediu que a conversa ficasse em sigilo e reiterou: “Eduardo não tem limites”.

  • Jean Wyllys (Psol-RJ) acusou o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), essa semana, de chamar índios de “vagabundos”, na Câmara.

  • Heinze respondeu: Wyllys “veio com meia dúzia de votos”. Com 12 mil votos, Jean pegou carona com Chico Alencar (Psol), que teve 240 mil.

  • Dilma e o governador Eduardo Campos (PSB-PE) nem disfarçam a campanha antecipada, na quinta (10): ela com Lula, Mercadante e o marqueteiro João Santana, no Planalto. Campos paparicando Marina.

  • Deve sair na próxima semana o resultado do inquérito interno do Itamaraty sobre as denúncias de assédio moral, sexual e homofobia envolvendo o embaixador em Sidney (Austrália) Américo Fontenelle, e seu adjunto, César Cidade. Eles foram afastados há três meses.

  • Quando ouviu na presidência do Senado que a indicação de Vital do Rêgo para o Ministério da Integração é “questão de honra”, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), três vezes preterido para ser ministro, choramingou: “Quando fui indicado, o partido não foi tão enfático…”

  • De olho em obter apoio na disputa ao governo do Rio, o deputado Miro Teixeira (PROS) – aliado de Marina Silva – brinca que o presidente do PSB-RJ, o ex-jogador Romário, “sempre teve como objetivo a rede”.

  • O deputado Fábio Ramalho considera um tiro no pé confiar que Marina Silva transfere votos: “Ela dá uma de popstar, mas, em 2010, apesar de sua boa votação, os deputados do PV caíram de 4 para 2 em Minas”.

  • A cúpula nacional do PMDB quer manter Marcelo Miranda – cassado em 2009 pela Justiça Eleitoral – na disputa pelo governo de Tocantins; a senadora Kátia Abreu deve sair candidata à reeleição pela chapa.

  • O sindicato dos bancários anda preocupado com a saúde mental dos colegas do banco Santander, líder em queixas no Procon. É que as reclamações já viraram insultos, e o tímpano dos coitados é que sofre.

  • O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, apresentou ao vice Michel Temer seis pontos “delicados” para melhorar as relações empresariais entre os dois países. Portugal é hoje o quarto maior investidor no Brasil, que ocupa o sétimo lugar no ranking português.

  • … a greve dos bancários, que ninguém percebeu, acaba nesta segunda-feira sem nem mesmo ter começado.

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