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A
história é a de sempre: um político importante transferiu dinheiro
público para seu patrimônio particular e montou um eficiente sistema de
Caixa Dois para campanhas eleitorais. Um parceiro importante de seu
esquema de corrupção era um empreiteiro amigo, que não só executava
obras de porte (pagando as respectivas comissões, é claro) como era
figura obrigatória em consórcios liderados por empresas concorrentes.
Sem se associar a ele, conforme informaram vários empreiteiros, não
havia jeito de ganhar bons contratos (e cabia ao amigo do político,
sempre, a administração das comissões embutidas no custo das obras).
O referido político teve, durante seu mandato, despesas pessoais de quase um milhão de dólares acima dos salários que recebeu. Seus defensores alegaram na Justiça que o dinheiro tinha sido doado por simpatizantes, mas não conseguiram convencer o tribunal. Em menos de quatro anos após o final de seu mandato, o político foi indiciado, processado e condenado a 28 anos de prisão, em última instância. "Esta pena demonstra que a corrupção não será tolerada", disse a juíza Nancy Edmunds, que o condenou por formação de quadrilha, fraude, chantagem, caixa dois e evasão fiscal. A juíza tem nome estrangeiro, porque o caso, evidentemente, não ocorreu no Brasil (aqui as coisas jamais andariam tão depressa). O político em questão é Kwame Kilpatrick, que foi prefeito de Detroit, nos EUA, de 2002 a 2008. O empreiteiro que dividia os lucros com ele chama-se Bob Ferguson. Kilpatrick já está cumprindo a pena a que foi condenado,veja só. |
Justiça seja feita...
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