Chegou
a 100% o mapeamento dos indicadores sonoros de Fortaleza. Idealizada
desde 2006, a Carta Acústica da Capital, instrumento inédito no Brasil,
mediu os pontos críticos da Cidade levando em conta as diferentes fontes
sonoras, como tráfego de veículos, indústrias e zonas de lazer. No
mapeamento, apresentando, ontem, na Secretaria de Urbanismo e Meio
Ambiente (Seuma), Praia de Iracema e Aerolândia são apontados como
pontos de elevada poluição sonora. Ruídos causados pelo trânsito e o
fluxo de decolagem e pouso dos aviões justificam o cenário negativo
nestes locais.
“Não
temos um bairro ou uma região mais silenciosa, por que os ruídos são
inerentes ao meio urbano, no entanto, o bairro José Walter e a Lagoa
Redonda, por exemplo, possuem ‘lados’, relativamente mais confortáveis”,
comentou o coordenador do trabalho, Francisco Aurélio Chaves Brito. A
nova análise, apresentada ontem, diz respeito ao monitoramento de ruído
ambiental na região próxima ao Aeroporto Internacional Pinto Martins e
busca caracterizar o cenário acústico e avaliar a contribuição dos
diversos tipos de fontes sonoras presentes no entorno.
PONTOS CRÍTICOS
A Carta Acústica que servirá para a Prefeitura de Fortaleza avaliar o
impacto dos ruídos urbanos na população, além de nortear, objetivamente,
o planejamento urbano e de tráfego na Cidade, está em fase de validação
e tem 40% dos mapas da Capital já representados. Segundo Aurélio, o
estudo será utilizado como instrumento estratégico para mostrar as
possibilidades de intervenções a ser utilizadas por diferentes órgãos,
no âmbito municipal e estadual, a fim de minimizar estas interferências.
O
fato da Aerolândia está entre os bairros mais críticos, segundo o
coordenador, deve-se a proximidade com a BR-116 e o Aeroporto. Já a
Praia de Iracema justifica-se pelo intenso fluxo de veículos e os
estabelecimentos comerciais como bares e boates, segundo a Seuma. No
bairro, o Centro Cultural Dragão do Mar é considerado um ponto
barulhento. Além dessas regiões, o levantamento indicou que apresentam
índices preocupantes às áreas próximas ao Aeroporto, o Centro de
Messejana e a Avenida Godofredo Maciel, na Maraponga.
MEDIDAS
“A Carta é um instrumento, um meio de mostrar as regiões mais
impactadas e os riscos que a poluição sonora oferece a população. Mas
essa é uma tarefa difícil, pois será preciso haver “vontade política”,
já que o mapeamento acústico das cidades é um processo que exige tempo e
investimentos e representa apenas o primeiro passo para o início de um
processo de Gestão de Ruídos Urbanos”, explicou.
A ideia é que o documento seja uma ferramenta de diagnóstico e
estratégias para o controle da poluição sonora. A partir dele, é
possível identificar por meio de mapas e cores os pontos onde os ruídos
são mais ou menos constantes e quais os tipos de fontes desses barulhos,
como os aéreos, os de trânsito e os de equipamentos de som.
SERVIÇO
Carta Acústica de Fortaleza, informações disponíveis: cartaacusticadefortaleza.com
Disque Silêncio: 0800-285-0880/ (85) 3452-6927
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