Só falta a água


Cinturão das Águas segue em ritmo acelerado no Ceará

Iran Magalhães mostra o trecho da obra, que está bastante
adiantado. A conclusão total deve ocorrer no final de 2014
O Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que em seu Trecho I terá a extensão de 153 quilômetros, segue com as obras em ritmo acelerado, visando garantir segurança hídrica para diversas regiões do Estado. Esta primeira parte vai desde a Barragem Jati, que está sendo construída pelo Governo Federal no município de mesmo nome, no Sul do Ceará, chegando até a região de Nova Olinda, caindo na calha do Rio Cariús, de onde atinge o Rio Jaguaribe, chegando também dos açudes Orós e Castanhão. “Estamos finalizando o desmatamento e obras de terraplanagem do Lote 1.1, que vai de Jati até o seu quilômetro 39, situado na divisa de Brejo Santo com Abaiara”, disse o coordenador de Infraestrutura Hídrica, Iran Magalhães, da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH).
Com investimento de R$ 1,6 bilhão já garantido, sendo R$ 1,05 bi do Governo Federal e R$ 550 milhões de contrapartida do Governo do Estado, o Trecho I é apenas parte de um grande projeto do governador Cid Gomes, com mais de 1.500 quilômetros de extensão, que levará a água oriunda da transposição do Rio São Francisco, para todas as áreas do Estado. Cid Gomes quer que, até dezembro de 2014, este primeiro trecho esteja concluído, para poder levar água a milhares de pessoas residentes no interior cearense. “A obra está dividida em três lotes de canais e sifões, além de um para a construção de túneis, que passarão sob grandes elevações do relevo (morros) existentes no caminho, objetivando reduzir o custo da obra e os impactos ambientais. Caso não o fizéssemos, teríamos de demolir os morros”, lembrou Iran.
ECONOMICIDADE
Outro fator que visa à economia dos custos da obra é que todo este primeiro trecho do CAC foi projetado para que as águas fluam, exclusivamente, por gravidade, evitando um consumo elevado de energia elétrica, aquisição de equipamentos e manutenção das estações elevatórias (de bombeamento), como poderia ocorrer. Nesta primeira fase do projeto um volume de 30 metros cúbicos por segundo (m³/s) de água serão conduzidos pelos canais e, até a conclusão final do projeto, que circulará o Estado, chegarão a 100 m³/s. “O governador chamou para si a responsabilidade de distribuir a água pelo interior cearense. Pediu que o Governo Federal entregasse a água do São Francisco na região de Jati e, de lá, ela será distribuída por canais, que serão integrados a diversas bacias hidrográficas, perenizando rios que hoje estão secos, alimentando açudes já existentes e outros que serão construídos”, lembrou o coordenador da SRH.
Ele também informou que as obras de transposição das águas do Rio São Francisco prosseguem, mas advertiu que são várias frentes de serviço, realizadas por construtoras distintas, numa extensão de mais de 600 quilômetros, com grandes estações elevatórias, devido ao relevo. As obras da barragem de Jati, que alimentará o Cinturão das Águas, devem estar prontas até julho de 2014. “No momento, o uso maior é de máquinas, pois realizamos desmatamento e terraplanagem. Mas, quando iniciarmos a construção das calhas, deveremos ter cerca de oito mil homens trabalhando 12 horas por dia para concluirmos o Trecho I do CAC até o final do ano que vem”, completou Iran Magalhães.

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