Trabalhando de graça


Empresas aéreas não pagam comissões para as agências de turismo no Ceará
“As empresas aéreas brasileiras estão tratando as agências de viagens, de um modo geral, como filhos bastardos, que não têm direito a quase nada”. A reclamação é do presidente do Sindicato das Empresas de Turismo do Estado do Ceará, empresário Edmilson Rodrigues, acrescentando que esse tratamento é proposital, para tirar os parceiros do ramo, porque tudo está sendo negado. “Continuamos na nossa luta, que é pacífica, por melhores condições de trabalho, e mesmo de sobrevivência, mas as empresas aéreas não cedem às nossas necessidades”, reforçou.
Ele denuncia que as companhias aéreas não pagam mais os 10% de comissionamento pelas vendas de passagem, realizadas pelas agências de turismo, como era antigamente. O pior, segundo ele, é que as empresas vendem suas passagens pela internet, por um preço que as agências de viagens não têm condição de acompanhar, com redução de praticamente o mesmo percentual. “O cliente, comprando a passagem aérea pela internet vai ter sempre vantagem, porque o preço é o menor possível, sem o aumento do percentual que caberia às agências de viagens”, ressaltou.
Conforme Rodrigues, as empresas aéreas deveriam vender as passagens via on line com um aumento de 10%, que é o percentual recebido pelas agências, que têm suas despesas. “O preço das passagens que as agências de viagens vendem é sempre maior do que o das empresas aéreas, porque elas têm custos que vão para pagamento dos clientes”, explicou. E lembrou que as agências de viagens são grandes colaboradoras das companhias aéreas, porque agora estão vendendo para elas o produto sem ganhar qualquer percentual. “As vendas pelas agências de viagens são benéficas, porque as empresas gastam menos com os seus efetivos de trabalhadores”, completou Edmilson Rodrigues, que viajou ao Rio de Janeiro, onde foi participar de reunião da Abav.

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