Irmãos suspeitos de atentado são vistos no norte da França
Do UOL, em São Paulo
- Pascal Rossignol/ReutersFaixa isola posto de gasolina em Villers-Cotterets, a nordeste de Paris, onde os suspeitos do ataque contra a revista 'Charlie Hebdo' foram vistos em um carro
O jornal "Le Figaro" informa que uma grande quantidade de policiais está em Crépy-en-Valois, em Oise. Segundo a prefeitura, uma operação está sendo realizada na cidade em busca dos dois suspeitos que estariam escondidos em uma casa em Crépy-en-Valois.
Mais cedo, o gerente de um posto de combustível perto de Villers-Cotterets, na região de Aisne, "reconheceu os dois homens suspeitos de terem participado do ataque contra a 'Charlie Hebdo'", disse uma fonte citada pela AFP.
Segundo o jornal "Le Parisien", uma fonte afirmou que os irmãos estavam
em um Renault Clio branco com placas cobertas. "Os dois homens estão
encapuzados, com Kalashnikovs e lançadores de foguetes à mostra", disse
outra fonte.
Homens do Raid, divisão de
antiterrorismo da polícia francesa, e do GIGN, divisão paramilitar de
operações especiais, estão em Villers-Cotterets, "onde um carro foi
abandonado depois de ter sido usado pelos dois suspeitos identificados
por uma testemunha", disse uma fonte à AFP.
Nesta quinta-feira, investigadores encontraram dez coquetéis molotov,
uma bandeira do movimento jihadista, uma faixa preta e uma luz
intermitente no carro usado durante ataque à redação da revista 'Charlei
Hebdo', segundo a polícia.
Nível de alerta máximo
O nível 'alerta de atentado', o mais alto em termos de vigilância e
segurança na França, aplicado na região parisiense desde o ataque à
redação da revista 'Charlie Hebdo', foi estendido nesta quinta para a
região da Picardia, onde os suspeitos do atentado foram vistos, anunciou
o gabinete do primeiro-ministro.
"Em
função dos acontecimentos, o primeiro-ministro decidiu estender à
Picardia o nível de atentado", indicou o gabinete de Manuel Valls.
A polícia divulgou ontem (7) fotos dos dois suspeitos, que estariam
"armados e perigosos". A Justiça francesa expediu mandados de prisão
contra os dois. Cherif Kouachi foi condenado em 2008 a três anos de
prisão por pertencer a um grupo baseado em Paris que enviava combatentes
jihadistas ao Iraque.
O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, informou hoje que os irmãos Chérif e Said Kouachi já estavam sendo monitorados pelo serviço secreto francês. "O serviço secreto os conhecia e por isso os seguia", disse.
Suspeitos detidos
A polícia francesa prendeu sete pessoas que teriam relação ou seriam parentes dos suspeitos, em uma megaoperação de busca pelos dois suspeitos do ataque à Redação do "Charlie Hebdo".
Elas foram detidas nas cidades de Reims e Charleville-Mezieres e também na área de Paris.
O primeiro-ministro não deu detalhes sobre as "várias pessoas" detidas
nas últimas horas e se limitou a acrescentar que é preciso esperar os
resultados dos interrogatórios.
Atentado contra revista
Dois homens armados abriram fogo contra a sede da revista francesa "Charlie Hebdo", em Paris, na quarta-feira (7), matando 12 pessoas, das quais oito são jornalistas. Outras 11 pessoas ficaram feridas.
De acordo com François Mollins, procurador-geral da República, os dois
atiradores armados com rifles automáticos Kalashnikovs invadiram o
prédio da revista, rendendo dois funcionários, que foram assassinados em
seguida.
Na sequência, eles invadiram uma
reunião, que ocorria no segundo andar do prédio, e abriram fogo. Mais
dez pessoas foram mortas, entre elas um convidado e um policial que
fazia a segurança do cartunista Charb, diretor da revista. Um segundo
policial que fazia a segurança do local foi executado em frente ao
prédio.
Um terceiro homem teria esperado do lado de fora do prédio, agindo como motorista durante a fuga dos criminosos.
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