Contato

Ameaça a Mauro Filho seria de cartel que comanda o show na confecção?


Mauro Filho sofre ameaça de morte
O secretário da Fazenda, Mauro Filho, disse, ontem à noite, ao jornal O Estado que está sofrendo ameaças de morte por parte de empresas “laranjas” do setor de confecção no Ceará. Segundo o secretário, as 11 empresas identificadas até agora já deixaram de recolher aos cofres públicos, em apenas 14 meses, mais de R$ 90 milhões. Juntas, essas companhias teriam lucrado, nesse período, mais de R$ 1 bilhão. O mais grave, de acordo com Mauro, é que há empresas de médio e grande portes que estão comprando essas mercadorias dessas empresas “laranjas”. “O esquema não se resume a essas 11 empresas já identificadas. Há até uma transportadora envolvida nisso, em trazer essas mercadorias para essas empresas ilegais sem recolher o devido imposto”.
Tudo começou, ainda segundo Mauro Filho, depois que o governo do Estado começou a derrubar algumas liminares que permitiam que tais empresas burlassem o pagamento de impostos. Apenas nos últimos meses, essas companhias conseguiram nove liminares nesse sentido. O quadro começou a mudar quando, uma após outra, as liminares foram sendo revogadas por ordem do Tribunal de Justiça do Ceará.
Todavia, o que realmente incomodou esse “laranjal”, nas palavras do secretário, foi quando, em uma dessas decisões que revogaram as liminares, o desembargador mandou que se abrisse uma investigação criminal para identificar os reais donos das empresas “laranjas” – todas elas registradas em nomes de terceiros de reconhecida incapacidade para o tipo de empresa.
Ligações
“Foi quando duas ligações na sexta-feira, e uma nessa segunda-feira [ontem], foram feitas com tom ameaçador. Pessoas dizendo que eu estava indo longe demais nessa investigação. Mas é preciso deixar claro que eu não tenho medo. Sou um servidor público e quero saber quem está por trás disso tudo. Vou até as últimas consequências para saber quem está causando esse prejuízo grave aos cofres públicos do Ceará, prejudicando, em particular, a parcela mais pobre da população, que deixa de ter aquele tributo revertido em ações sociais nos campos da educação, saúde etc.”

Investigação procede
O secretário deixou bem claro à reportagem que vai continuar investigando os reais responsáveis por essas empresas e, também, de onde estariam partindo essas ameaças de morte. “Eles estão incomodados porque estou acabando com a mamata.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário