Blocos e partidos da Assembleia Legislativa do
Ceará estão em plena negociação com o presidente da Casa, José Albuquerque
(Pros), para a definição das presidências das comissões técnicas. Albuquerque
tem até a próxima terça-feira (10) para deliberar os novos responsáveis e
demais membros. Ao todo, são 18 comissões, sendo as mais visíveis, a de
Constituição, Justiça e Redação; Fiscalização e Controle; e Direito do
Consumidor. De acordo com o deputado Elmano de Freitas (PT), que compõe o bloco
(Pros, PT, PCdoB e PSD) com maior número de deputados, 18 ao todo, o PT
reivindica a presidência das comissões de Orçamento e Justiça; Educação;
Cultura e Agricultura, que pode ser liderada pelo deputado Moisés Braz (PT).
O ex-líder do governo, deputado Júlio César (PTN),
que participa do segundo maior bloco da AL (PV- PSDC-
PTN-PRP-PSC-PHS-PRB-SD-DEM), formado por 10 deputados, está pleiteando presidir
a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ); Orçamento ou Fiscalização e Controle.
“Estamos esperando a manifestação dos outros blocos. O meu líder, deputado
Roberto Mesquita (PV), está tratando de dialogar com as outras legendas”,
disse, ressaltando que ainda não há nenhuma definição.
NADA TRAMITA
Segundo Júlio César, é importante que os
blocos definam os nomes de consenso, haja vista que, sem as comissões técnicas
estarem em funcionamento, nada tramita na Casa. “Os blocos têm que se reunir,
para saber os indicados”, reforça.
A deputada Fernanda Pessoa (PR), que não se
aliou a nenhum bloco, assegurou que está articulando para continuar à frente da
Comissão da Infância e Adolescência, tendo em vista, na legislatura passada, já
ter desenvolvido um trabalho como vice e presidente da Comissão. “Tenho ainda
afinidade pela Saúde, Agricultura e a Comissão de Direitos Humanos”, frisou.
CONTINUIDADE
Já a deputada Laís Nunes (Pros) está se
propondo a ficar com a Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos,
Minas e Pesca, tendo em vista que o seu esposo, ex-deputado Neto Nunes, atuou
como presidente, na antiga legislatura. “A gente tem interesse de dar
continuidade aos trabalhos da comissão. Fazer audiências públicas no interior
do Estado, promovendo desenvolvimento das comunidades, das regiões, além de
trabalhar essa questão das divisas dos municípios, da integração, organizar
essa questão, que não está totalmente legalizada”, afirmou.
SEM ESPAÇO
O deputado Tomaz Holanda (PPS), que também
não se aliou a nenhum grupo de legendas da Assembleia, explicou que o partido
não vai pleitear nenhuma comissão, tendo em vista que apenas os partidos que
formaram “aglomerações”, ou seja, blocos, poderão, em razão do regimento
interno da Casa, indicar a Zezinho Albuquerque os nomes. Com isso, partidos
como PR, PSDB, PPS e Psol, não poderão assumir nenhuma presidência.
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