A
viagem do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (Pros) para a Europa
na última terça-feira (17), para compromissos oficiais, não agradou aos
vereadores da oposição, que “reclamaram” por não terem sido comunicados
sobre a viagem do gestor. O vereador líder da oposição, Ronivaldo Maia
(PT), apontou que o prefeito deveria ter avisado ao Legislativo sobre a
viagem na manhã de quinta-feira (12). Para ele, o fato de a maioria da
Casa ser de situação facilitaria para que o gestor se ausentasse sem
mais explicações.
“Eu
apenas acho que esse governo sente-se tão à vontade por ter a maioria
na Câmara que esquece que, legalmente, ele precisa comunicar. Houve duas
sessões na quinta-feira, que terminaram antes das 13 horas. Quando eu
desci para o meu gabinete, não houve registro em nenhuma das pautas da
Câmara sobre a formalização desse comunicado”, enfatizou Ronivaldo.
O
presidente da Câmara Municipal, Salmito Filho (Pros) disse que foi
oficialmente comunicado da viagem do prefeito na noite do último dia 12.
Como, no dia seguinte, não houve sessão na Casa, os vereadores só
tomaram conhecimento do documento na manhã de ontem.
Salmito
afirma que o prefeito precisava apenas comunicar à Mesa Diretora do
Legislativo que representa todos os vereadores. Segundo Salmito, a
viagem do prefeito terá uma duração de oito dias, com isso, a ausência
não precisará passar pela aprovação dos demais vereadores. A viagem
passaria pela apreciação dos vereadores apenas se fosse por mais de 10
dias.
Para
o vereador líder do prefeito, Evaldo Lima (PCdoB), a oposição está
apenas fazendo o seu papel. Ele ainda lembra que durante a gestão
passada ocorreu episódios semelhantes que também geraram polêmicas no
parlamento.
“Na
verdade a oposição faz o seu papel, é o chamado ‘jus sperniandi’ –
direito de reclamar –, mas é necessário que a gente respeite a história.
Nós tivemos, nos oito anos anteriores à gestão do prefeito Roberto
Cláudio, circunstâncias absolutamente idênticas, que foram motivos de
polêmicas inclusive infundadas pelos setores que faziam oposição àquela
gestão. Então, é necessário que os setores de oposição respeitem a
memória, ou ao menos respeitem a inteligência dos cidadãos de
Fortaleza”, enfatizou Evaldo.
Sem gestor
O
vereador Deodato Ramalho (PT) criticou Roberto Cláudio por não ter
passado o cargo para o vice-prefeito, Gaudencio Lucena (PMDB), rompido
politicamente com o prefeito desde as eleições de outubro de 2014.
“O
prefeito viaja e não transmite o cargo ao seu vice por conta do
rompimento nas eleições para governador. Ter esse tipo de situação é
lamentável. Cadê a civilidade? Trago aqui essa reflexão para evoluirmos
nas relações institucionais.”, destacou.
Vale
lembrar que, ainda na gestão da ex-prefeita, Luizianne Lins (PT), a
Câmara Municipal aprovou uma mudança na Lei Orgânica do Município de
Fortaleza, que determina que o chefe do Executivo de Fortaleza pode
ausentar-se por até dez dias do comando da Prefeitura sem precisar
transmitir o cargo para o vice.
Parceria
Roberto
Cláudio foi até a Europa em busca de parcerias em soluções urbanísticas
para Fortaleza. “Eu acredito que é importante essa relação de parceria
estratégica da cidade de Fortaleza com determinadas cidades europeias
que são referências em relação à mobilidade e politicas públicas de
educação”, apontou Evaldo.
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