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Oura vez perdemos pra São Paulo. Paulistas são campeões nacionais de dengue.

Dengue: 864 casos confirmados em Fortaleza
A Prefeitura de Fortaleza promoveu, na manhã de ontem, no bairro Jangurussu, o “arrastão da dengue”. A iniciativa mobilizou 1.300 profissionais de saúde para realizar campanha preventiva contra a proliferação do mosquito causador da doença no bairro que já soma 290 casos.  Segundo o prefeito Roberto Cláudio, a Capital contabiliza 864 casos confirmados. O número é maior em relação ao período de janeiro a maio do ano passado, onde o registro foi de 757 casos, em Fortaleza. No entanto, o gestor garantiu que não há indicação de surto epidemiológico. “Essa é uma ação preventiva, estamos em um estado de alerta, não há dados objetivos que indiquem que haja um pico epidêmico, mas sabemos que, se intensificou as chuvas na cidade, se não houver um esforço conjunto da Prefeitura e população, há um risco maior de prolongar a incidência da dengue em Fortaleza”, disse Roberto Cláudio.
Moradora do bairro há 20 anos, a cabeleireira Francis Alves reclamou da situação. “Minha casa fica na Rua 321, bem em frente há um terreno abandonado. Lá está o foco do mosquito nessa região. Tem muito mato, muito lixo, e, além disso, dá bastante escorpião, minha casa fica cheia e meu cuidado é redobrado”, contou. Segundo Francis, sua parte como cidadã é cumprida. “Limpo meu quintal, não acumulo lixo, permito a entrada dos agentes, mas se não limpar aquele terreno não vai adiantar muita coisa”, protestou a cabeleireira.
Edson Alves também garantiu que toma os devidos cuidados dentro de casa, mesmo assim encontra dificuldade para acabar com os focos do mosquito. “Semanalmente realizo a limpeza do quintal, não deixo garrafas para cima, mas, semana passada, encontrei focos do mosquito dentro dos recipientes em que guardamos água”, relatou o autônomo. Para Edson, o controle torna-se complicado devido a falta de água no bairro, sendo necessário armazenar para o uso doméstico. “É inevitável não deixarmos água parada porque precisamos guardá-la para consumir, os baldes são vedados como devem ser e ainda assim os mosquitos entram, e acabamos perdendo a água também. Isso é uma dificuldade pra gente”, afirmou.

Força-tarefa
A ação envolveu 1.300 profissionais de saúde, entre coordenadores, supervisores, educadores, mobilizadores sociais, agentes comunitários de saúde e de endemias, e a presença do prefeito Roberto Cláudio. A força-tarefa reuniu os profissionais de todas as Regionais de Fortaleza, que foram lotados, exclusivamente, para atuar nos bairros do Jangurussu, Palmeiras e Barroso. De acordo com o prefeito, foram os bairros identificados com avanço da dengue acima da média.
Em cada residência, os agentes orientavam e alertavam aos moradores sobre os possíveis criadouros do aedes aegypti, bem como distribuíam sacos de lixo, aplicavam larvicidas nos córregos e canais e realizavam a operação Quintal Limpo, recolhendo os recipientes propícios ao acúmulo de água. “O sucesso dessa medida depende, fundamentalmente, de duas ações: da recepção com o agente de endemia, que é muito importante que a comunidade possa abrir suas portas, e a segunda do próprio trabalho do dono de casa em identificar e cuidar do quintal e jardim, que são os locais onde a água acumula mais frequente”, ponderou o gestor.
Ainda segundo Roberto Cláudio, as ações serão intensificadas ao longo desta semana na Regional VI, a partir de três pilares: visitas domiciliares; agentes equipados com bombas costais e carros fumacê. Ele lembrou que os fumacês só são utilizados em situações de risco e garantiu, contudo, que as demais Regionais não ficarão desassistidas.
Conforme o gerente de Vigilância Ambiental e de Riscos Biológicos, Nélio Morais, a concentração dos agentes no bairro é necessária para que o desenvolvimento das atividades no controle da dengue aconteça de forma correta e fortalecida. “É um trabalho educativo e de sensibilização para que a gente possa conter a transmissão da dengue no Jangurussu, na Regional VI, e evitar que essa situação possa ser transformada, no futuro, em uma epidemia na cidade de Fortaleza”, disse Nélio, preocupado com o surto da dengue em outros estados brasileiros.

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