Meninos, ouvi: crise política é o que teremos agora. Nada dessas coisas
simples, de oposição e Governo, de coxinhas e melancias - que, como comprovaram
os tucanos na sabatina de Luiz Edson Fachin, são parte do mesmo lanche.
Renan e Eduardo Cunha estão no alvo do procurador Rodrigo Janot e
procuram alvejá-lo primeiro. Renan e Cunha miram em Dilma e o PT mira nos dois,
mas também quer pegar Janot, por desconfiar que ele mire em Lula e também em
Dilma. Dilma adora Renan e Cunha, de preferência ao forno com batatas e maçã na
boca, e é indiferente a Collor, que atira em Janot (são quatro representações -
e, se uma for aceita por Renan, que foi aliado, inimigo, aliado e hoje em dia
sabe-se lá o que de Collor, Janot pode ser afastado - e, como foi Janot que
convenceu Ricardo Pessoa, o empreiteiro da UTC, a aderir à delação premiada,
seu afastamento pode atrasar as denúncias previstas. Como tem gente torcendo
por isso!)
Ricardo Pessoa é o sonho de qualquer investigador. Não ouviu dizer: ele
sabe (e já insinuou que atingirá autoridades, e já disse que deu dinheiro por
fora para a campanha de Dilma). Ele estava no lugar certo, na hora certa, em
contato com as pessoas certas. Tem condições de causar um terremoto na política
deste país.
Drummond, num festejado poema, contou que João amava Teresa que amava
Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava
ninguém. O título do poema é Quadrilha. Na versão atual, em que todos se
odeiam e se aliam apenas para alvejar terceiros, o título poderia ser Quadrilhas.
Esta é do Brickman
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