Cerca de 600 pessoas, segundo a Polícia Militar, compareceram na
tarde deste domingo (8) ao ato de lançamento da Frente Povo Sem Medo,
contra o ajuste fiscal e pela destituição de Eduardo Cunha da
presidência da Câmara dos Deputados, na Avenida Paulista, em frente ao
Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Representantes de 27 movimentos sociais fizeram discursos em cima de
um trio elétrico, antes de iniciar uma marcha rumo ao Parque Ibirapuera,
por volta das 15h40. Várias viaturas e motocicletas da PM estavam de
prontidão nas proximidades, mas o ato seguiu pacífico.
“Somos contra o ajuste fiscal porque ele está cortando os direitos
trabalhistas, está cortando os programas sociais e está fazendo o
trabalhador pagar a conta pela crise [econômica brasileira]”, defendeu
um dos organizadores, Guilherme Boulos. O líder social também justificou
que o ato também defende a saída de Cunha por causa das medidas
“antipopulares e conservadoras” tomadas pelo parlamentar.
Com faixas e cartazes de movimentos sociais, com participação,
principalmente, de ativistas do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e
do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a marcha seguiu o carro
do trio elétrico, provocando morosidade nas ruas próximas da avenida
Paulista.
Em Brasília, cerca de 100 manifestantes ocupou parte do gramado em
frente ao Congresso Nacional. Eles também reivindicam a saída de Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados e protestam
contra o ajuste fiscal do governo.
O grupo é o mesmo que há alguns dias entrou em confronto com outros
manifestantes do Movimento Brasil Livre, que está acampado no mesmo
gramado pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para evitar
novos confrontos, a Polícia Militar formou um cordão de isolamento entre
as duas manifestações e escoltou a descida dos ativistas que compõem a
Frente Povo Sem Medo.
Apesar de alguns relatos de provocações de ambas as partes, o protesto aconteceu sem confrontos entre os dois grupos.
(Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário