A
Assembleia Legislativa, dando continuidade ao ciclo de visitas dos
secretários de Estado à Casa, recebeu, na manhã desta quarta-feira
(11/11), durante o segundo expediente da sessão plenária, o secretário
de Recursos Hídricos do Ceará, Francisco José Coelho Teixeira, que
apresentou as ações do Governo para minimizar os efeitos da seca no
Ceará.
O
presidente da Casa, deputado Zezinho Albuquerque (Pros), ressaltou a
importância de debater as ações emergenciais para minimizar as
consequências da escassez de água. “Estamos há quatro anos com chuvas
abaixo da média, e a previsão é que, em 2016, as chuvas também continuem
escassas. Com isso, é muito importante debater ações para a convivência
com a seca no nosso Estado”, salientou.
O
secretário Francisco José Coelho Teixeira frisou que a seca no Estado é
uma das maiores dos últimos anos e que, diante da grande escassez,
muitas ações emergenciais estão sendo priorizadas pelo Governo. “Temos
um grupo técnico que estuda, nas regiões, a situação de cada local e as
medidas que devem ser tomadas”, afirmou.
O
chefe da Pasta pontuou que foram feitas centenas de quilômetros de
adutoras, levando água para os reservatórios que estão sem água, além de
poços profundos, operações com carro-pipa, aquisições de estação de
tratamento móvel de água, campanhas de uso racional da água e
racionamento em sedes do Estado.
Das
ações estruturantes, o secretário salientou o fortalecimento do sistema
de recursos hídricos, por meio da busca de métodos mais modernos de
irrigação. “É preciso pensar também em longo prazo. Com isso, temos
estudado alternativas para o reúso da água, captação da chuva e
dessalinização”, assinalou.
Francisco
Teixeira também ressaltou que as obras do Cinturão das Águas e
integração do rio São Francisco estão em andamento. “Quero também
relembrar que foram feitos 642 quilômetros de adutoras de montagem
rápida, tirando água de reservatórios alternativos, para atender várias
cidades, já beneficiando 761 mil pessoas. Existe ainda projeto para
elaboração de mais adutoras rápidas”, apontou.
O
secretário ressaltou a necessidade de campanhas junto aos municípios e
dentro das escolas. “Entendo que existam muitas vezes insatisfações,
porque a resposta precisa ser mais célere, mas a burocracia é muito
grande e, para diminuir a parte burocrática, estamos estudando
estabelecer a ata de registro de preço, que vai facilitar para as
prefeituras, que podem aderir às atas em vez de ter que fazer
licitações”, afirmou.
O
presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Neurisâgelo
Freitas, relatou o trabalho desenvolvido pela companhia, em parceria
com os demais órgãos, para amenizar a situação de falta de água nas
áreas mais afetadas pela seca. Ele citou também as dificuldades
enfrentadas em algumas áreas, como a falta de eletrificação para a
instalação do abastecimento. “A demanda na Coelce é grande e estamos
estudando fazer ligações através de sistema solar. Hoje, 21 poços estão,
em fase de experiência, usando painéis solares”, informou.
O
secretário do Desenvolvimento Agrário, Dedé Teixeira, também esteve
presente e destacou o Comitê Integrado de Convivência com a Seca, que
debate com prefeitos, vereadores e instituições públicas estaduais e
federais medidas para a estiagem no Ceará. Compondo a mesa, estavam
ainda o superintendente da Sohidra, Yuri Castro, e o presidente da
Cogerh, João Lúcio Farias.
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