A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados debate na terça-feira
(10) a inclusão da “ideologia de gênero e orientação sexual” entre as
diretrizes da Conferência Nacional de Educação de 2014 para aplicação do
Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/14). O debate foi solicitado
pelos deputados Givaldo Carimbão (Pros-AL), Diego Garcia (PHS-PR),
Flavinho (PSB-SP), Eros Biondini (PTB-MG) e Professor Victório Galli
(PSC-MT).
Um dos autores do pedido para a audiência, o deputado Eros Biondini
(PTB-MG) argumenta que, quando o Plano Nacional de Educação tramitou no
Congresso, deputados e senadores concordaram em retirar a questão de
gênero e orientação sexual do texto, por considerá-la inadequada ao
ambiente escolar. Biondini reclama que, apesar disso, o Ministério da
Educação (MEC) não interferiu para que o texto da lei fosse cumprido na
elaboração do documento final da conferência.
“Não obstante tenhamos tido esse discernimento e essa decisão para
elaborar o Plano Nacional de Educação, o MEC e também outros órgãos
ligados ao governo acabaram por voltar com esse assunto, seja nos planos
municipais ou estaduais de educação. Voltaram com essa terminologia de
ideologia de gênero, enquanto nós tínhamos focado na luta contra todo
tipo de discriminação, preconceito”.
Integrante da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, a deputada
Érika Kokay (PT-DF) critica.”O MEC segue a Constituição brasileira ao
fazer isso. Todo fundamentalismo é intolerante, porque a liberdade da
identidade de gênero é fundamental para a luta de direitos iguais para
mulheres e homens”, pondera. Segundo ela, é necessário assegurar que
aquele que nasce homem em corpo de mulher ou que nasce mulher em corpo
de homem tenha direito de exercer sua identidade, para respeitar sua
condição humana.
(Agência Câmara Notícias)
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