Contato

Os apuros da economia

'NYT': A economia está realmente em apuros? Um debate

Artigo destaca que quanto mais de perto os dados forem analisados, mais contraditórios parecerão

Em matéria publicada dia 2 de novembro, no jornal The New York Times, Neil Irwin faz uma análise do cenário econômico e destaca que os dados parecem contraditórios e confusos: "Eu escrevo sobre economia para viver. Parte do meu trabalho é olhar para o banco de dados econômicos, indicadores do mercado financeiro, relatórios de empresas e qualquer outra coisa que possa chegar em minhas mãos, e transformo tudo em uma narrativa clara sobre os Estados Unidos e as economias globais. Mas agora eu estou preso. Eu não tenho nenhuma ideia de como a economia dos Estados Unidos está, de fato. E quanto mais eu olho para os dados, mais contraditórios me parecem. Um forte argumento poderia ser de que a economia está em seu ponto mais vulnerável em anos, com risco de uma nova recessão em meio a uma desaceleração global. O mercado para muitos tipos de títulos de risco está em desordem", diz, frisando que recentemente o ex-secretário do Tesouro Lawrence H. Summers escreveu que "os perigos que a economia global enfrenta são mais graves do que em qualquer momento desde a falência do Lehman Brothers, em 2008."
A reportagem conta que há também um forte argumento de que a economia dos Estados Unidos é robusta o suficiente para suportar todos os desafios que podem surgir no exterior, e que a evidência de uma desaceleração está espalhada e exagerada
A reportagem conta que há também um forte argumento de que a economia dos Estados Unidos é robusta o suficiente para suportar todos os desafios que podem surgir no exterior, e que a evidência de uma desaceleração está espalhada e exagerada
A reportagem conta que há também um forte argumento de que a economia dos Estados Unidos é robusta o suficiente para suportar todos os desafios que podem surgir no exterior, e que a evidência de uma desaceleração está espalhada e exagerada. Menos pessoas entraram com pedido de seguro-desemprego em leituras semanais recentes, por exemplo, que em qualquer momento desde 1973. "Eu tentei várias vezes nas últimas semanas me convencer de que uma dessas histórias é correta, mas simplesmente não consegui decidir. Por que estou dizendo tudo isso? Porque às vezes o retrato mais preciso de uma situação gira em torno da incerteza, e porque os jornalistas nem sempre são honestos sobre isso. Este é o meu esforço para ser um pouco mais honesto. Em vez de escolher um caso analítico e fingir ser mais certo do que eu sou, eu quero direcionar os leitores através de evidências conflitantes", prossegue o texto.
O articulista destaca que "com certeza, é como se estivéssemos à beira de algo ruim". Ele reforça que a expansão é de seis anos, tornando-se já a quarta mais longa desde a Segunda Guerra Mundial. "Em 2001 houve uma ligeira recessão. Naquela época, havia uma enorme correção no mercado de ações e desaceleração do investimento empresarial que causou a recessão. Quais são os setores que você vê em 2015 ou 2016, colocando a economia em risco? Os mercados emergentes, especialmente a China? Eles tiveram anos de enormes fluxos de capital, em grande parte por causa das políticas do Fed, que oculta problemas de longo prazo. Agora, o capital está fluindo na direção oposta.  Certo, mas por que isso causa ondulações na economia dos Estados Unidos? O total de exportações para a China foram de US $ 124 bilhões  no ano passado, cerca de 0,7 por cento do PIB dos Estados Unidos. E eu sei que você está pensando em mencionar vínculos financeiros, mas não é como se os bancos americanos estivessem sentados em uma tonelada de dívida do governo chinês. Nem mesmo se as coisas piorarem em mercados emergentes, isso é mais como 1998, quando uma crise de mercados emergentes envolveu a Ásia Oriental e a Rússia. Como um lembrete, a economia dos Estados Unidos cresceu 4,7 por cento em 1999, mais rápido do que nos últimos 15 anos", destaca o autor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário