Poucos conhecem o legado de Beni

AL levanta sessão e decreta luto oficial pela morte do ex-governador Beni Veras

A Assembleia Legislativa levantou o segundo expediente da sessão plenária desta sexta-feira (06/11) e a Mesa Diretora decretou luto oficial, no âmbito do Poder Legislativo, por três dias, em sinal de pesar pelo falecimento do ex-senador e ex-governador Beni Veras. Ele morreu na manhã de hoje, aos 80 anos, de parada cardiorrespiratória.

O presidente deputado Zezinho Albuquerque (Pros) disse ter recebido com grande pesar a notícia do falecimento de Beni Veras, “que atuou como líder empresarial e político no Estado e desempenhou relevantes funções também como vice-governador e ministro do Planejamento”. Para o parlamentar, em todos estes espaços, Beni Veras prestou relevantes serviços ao Ceará e ao Brasil. “Fica aqui nossa solidariedade aos familiares e amigos neste momento.”

Antes do encerramento da sessão de hoje, foi feito um minuto de silêncio no Plenário, por solicitação da deputada Fernanda Pessoa (PR). A parlamentar afirmou que o ex-governador foi um grande político para o Estado. “Manifesto meus votos de pesar a toda família de Beni Veras”, disse. Os deputados Manoel Duca (Pros) e Ely Aguiar (PSDC) também manifestaram pêsames aos familiares do ex-governador. Ely Aguiar destacou que Beni Veras era um homem simples que deu grande contribuição para o Estado.

Nascido em Crateús, Beni Veras era filiado ao PSDB. Ele foi vice-governador e assumiu a chefia do Executivo Estadual de abril de 2002 a janeiro de 2003, quando o então titular, Tasso Jereissati, deixou o Governo para disputar vaga no Senado Federal. Beni Veras também foi ministro da Secretaria do Planejamento, Orçamento e Coordenação da Presidência da República, em 1994, e senador de 1991 a 1999.

O político foi ainda presidente do Centro Industrial do Ceará (1967-1977), presidente do Comitê Suprapartidário pró-Tancredo Neves (1984-1985) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado (1987- 1988).

Penso eu - O Senador Benildo (eu o chamava assim na intimidade) deixa um dos documentos mais importantes que o Brasil já trabalhou. Ele coletou provas no Brasil inteiro sobre as desigualdades interregionais quando foi Ministro de Estado. Estou humilde repórter teve a oportunidade de ir com ele a algumas dessas viagens de coleta de dados que enriqueceram seu trabalho. Eu ví. Eu estava lá.