MPCE
impede soltura ilegal de traficantes
O
Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através dos
promotores de Justiça que atuam na área criminal em Fortaleza,
impediu, nesta quinta-feira (10), através de pedido de prisão
preventiva, que Maria Marinete Lopes, Ana Cristina da Silva e Ana
Maria Gomes da Silva, acusadas de prática dos crimes de tráfico de
drogas e associação para o tráfico, ficassem em liberdade. As três
mulheres foram presas em flagrante na última quarta-feira (09) com
57,160g de cocaína e 10,105g de maconha, além da quantia de
aproximadamente R$ 9.600,00 em espécie. A droga apreendida foi
avaliada em quase R$ 3 mi.
A
solicitação dos promotores teve o objetivo de reverter a soltura
das acusadas que foi determinada na audiência de custódia realizada
na quarta-feira (09). Na ocasião, a juíza que presidiu o ato
entendeu por substituir a prisão delas por medidas cautelares
diversas, tais como o pagamento de fiança, uso de tornozeleiras,
entre outras.
Diante
da extrema gravidade da conduta e por se tratar de situação que
inegavelmente ensejaria o decreto de prisão preventiva, os
promotores criminais consideraram que a soltura das autuadas
contrariava frontalmente o ordenamento jurídico. Assim, ajuizaram,
de imediato, pedido de prisão que foi distribuído para a 1ª Vara
de Tóxicos. Lá, o magistrado reconheceu a procedência dos
argumentos e determinou imediatamente a prisão das mesmas, que já
foram novamente capturadas.
De
acordo com o secretário-executivo das Promotorias de Justiça
Criminal, promotor de Justiça Nelson Gesteira, as prisões de
traficantes flagrados com quantidade significativa de drogas estão
sendo substituídas indevidamente por medidas cautelares, inclusive
por fiança, o que é vedado pela Constituição Federal. “Isto
implica sério risco ao meio social, uma vez que a soltura de
traficantes de alto poder e periculosidade e que são presos com
grande quantidade de entorpecentes e dinheiro representa verdadeiro
estímulo à criminalidade, em momento já tão delicado em nosso
Estado”, destaca.
Ele
lembra ainda que a prisão das acusadas foi fruto de criterioso
trabalho da Coordenadoria de Inteligência (COIN) e que o trabalho
policial foi feito com estrita observância das garantias legais e
constitucionais.
Em
agosto deste ano, os também acusados de prática dos crimes de
tráfico de drogas e associação para o tráfico, Gardênia Silva
Lima e José Wilson Oliveira Gonçalves, foram igualmente soltos
mediante fiança e a decisão foi combatida pelo MPCE.
“Felizmente
a pronta atuação ministerial e a eficiência do trabalho policial
impediram, em ambos os casos, que o prejuízo se verificasse por
completo, tendo as medidas e esforços adicionais resultado na
recaptura dessas pessoas. O Ministério Público reafirma seu
compromisso com a sociedade e permanecerá vigilante quanto às
decisões proferidas nas chamadas Audiências de Custódia, buscando
os meios, recursos e remédios para reparar qualquer prejuízo que
delas possam advir”, assegura Nelson Gesteira.
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