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Opinião

*Macário Batista

Curto e grosso (como sempre)
Já vi o filme e o filme não tras nem boas lembranças nem saudades, como no tempo em que vi E o vento levou, no Cine Rangel, cheio de marra e com um ventilador de pilha no bolso pra impressionar as meninas. Estudantes começaram a engrossar o caldo em São Paulo, porque a inteligentzia do Governo paulistano entendeu de separar estudantes, ora, por classes, ora por escolas, ora por distancia. Motivos quais se leva isso à frene tendo como escopo mudanças na qualidade de ensino? Ei, peraí! Quem não conhece sua história está fadado a repeti-la. O maior golpe da história de educação brasileira, pra cima da gente que era estudante à época, nasceu de algo muito parecido. Naquele tempo a gente entrava tudo junto no primário, subia pro ginasial, fazia o científico e entrava na faculdade sem essa frescura de cursinho ganhador de dinheiro e sem ter nome em jornal como campeão de audiência que nem o saudoso Paulino Rocha. Pois bem; o coronel Jarbas Passarinho, Ministro da Educação, ministro da Redentora, a ditadura mais imbecil que o Brasil já viu, criou a fórmula mágica de tentar nos separar, e conseguiu, inventando os créditos. Neguim faz tantos créditos e vai adiante; menina faz outros tantos, carece de lugar na sala do mestre sicrano. E foi separando, apartando as turmas, destruindo igrejas, melando os grupos, deformando as "gangues" de resistentes às posses dos milicos. Milico não podia correr o risco de ser vítima de movimentos formados na união de ideologias nascidas nas classes unidas das universidades. Então, aparta. Deu certo. Pra eles. Muita coisa morreu, seja na história, seja no nascedouro. Nunca mais a gente encontrava a turma pra provocar sequer a cizânia na sala de aula. Só os resistentes continuaram. Os teimosos também. O Brasil ficou sem lideranças verdadeiras e de lá pra cá, elas foram dando lugar a Eduardos, Miguels, Oliveiras, Lindos e formosos, santos do pau oco, alguns sabidos demais,outros alfabetizados de um livro só; a bíblia sagrada do cadê o meu. É basicamente o mesmo quadro o de hoje, que o de ontem, tão recente e tão pouco conhecido pela turma que continua sem ler um livro, acreditando no que diz o editor de uma pauta só. Ô paízinho de merda esse!!!

*Macário Batista sou eu.

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