Coluna do blog



Tradicional...como embalagem de maisena
Todo ano é assim. Até o dia 6 de janeiro, na passagem de Reis, há um ar de fim de festas, mais uma forte esperança de carnaval e cidadão já pensando pronde vai na Semana Santa. Coisa de brasileiro, um ser tradicionalista no dolce far niente, um místico no exercício pleno do descanso. Até lá e a volta do Congresso em fevereiro, tudo será o mais puro exercício da especulação, dos mais sabidos tirando proveito da imprensa pra divulgar suas viagens coloridas, dizem até que algumas meio que esbranquiçadas. Candidaturas são lançadas à vontade; umas pra fazer fumaça, outras pra fazer poeira, outras que encher o saco dos candidatos de verdade. Os partidos, todos eles, aqueles que não vendem legendas nem tempo de rádio e televisão, só compram, fazem seus joguinhos internos inventando ouvir o povo em seminários de faz de conta para fazer moitim, tomar chegada no pulso do canelau e assim ver como barateia o voto pra prefeito e vereador e, no caso de partido, comprar os tempos que eles têm pra desenvolver as próprias candidaturas. Assim foi, assim é, assim será e não terá TREs, TSE do mundo que modifiquem. No Brasil, avançar é fechar a Panair pra dar pra Várig pra dar pra Gol. É acabar a Tupi pra dar pro Silvio Santos e rachar o resto com outros amigos da Redentora. No Brasil a felicidade, e será assim, por muitas gerações em diante, é deixar a coisa dentro da tradição de mudar pra ficar sempre igual à embalagem amarela da Maisena. Toquemos, toquemos...

A frase: “Falso, feito cobra engabelando sapo”. Zé Rúgendas sobre Eduardo Cunha.


A bancada pensa 2016
Ontem, no recesso parlamentar, o coordenador da bancada federal do Ceará, em Brasilia, deputado José Airton Cirilo, resolver trabalhar. E convocou todo mundo pruma conversa afiada sobre o momento da seca na vida nordestina. Trouxe até um convidado, o coordenador da bancada do Nordeste, o piauiense Dep. Julio Cesar. Pelas presenças a coisa ganhou importância. Estavam lá lideranças políticas e de classe e isso é bom. Só não apareceu nenhum riquinho que adora estar na mídia esculhambando o Governo.

Bala de prata
Munição extra- Petistas esperam contar com mais um ingrediente para afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara: a abertura do processo contra ele na Lava Jato.

Crença
Dirigentes da sigla acreditam que, se isso ocorrer, podem convencer procuradores a acionar novamente o STF com o argumento de que o peemedebista faz parte da linha sucessória de Dilma Rousseff.

Tu vais junto
Como há um processo de impeachment em curso, ele teria de ser afastado do cargo diante de uma denúncia criminal aceita pela corte.

Gaveta
Eduardo Cunha arquivou na quarta-feira (23) o primeiro pedido de impeachment de Michel Temer, proposto pelo deputado Cabo Daciolo (ex-PSOL-RJ).

Por quê?
Ele apontava responsabilidade do vice em decretos de abertura de crédito sem autorização do Legislativo.

A fila anda
A Casa recebeu novo pedido, assinado por um advogado, que também se baseia nos decretos. Cunha rejeitará. “Quando assinou, Dilma tinha conhecimento de estar em desacordo com a lei. A situação de Temer é diferente”, argumenta.

Coincidência
 Aos olhos do PT, não se trata de “obra do destino” que o parecer do TCU isentando Temer tenha saído na terça-feira e o arquivamento do pedido de impeachment, um dia depois.


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