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Não era hora de falar de política

Roberto Cláudio faz balanço da gestão e anuncia IJF 2

Em seu último ano de gestão e já na corrida pré-eleitoral, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), realizou, ontem, no Cuca do Mudubim, uma reunião com todo o seu secretariado, na qual anunciou a abertura do processo de licitação para construção do IJF 2.
Roberto Cláudio destacou que a obra custará cerca de R$ 74,6 milhões e irá oferecer 206 novos leitos, distribuídos entre quatro pavimentos, em que o custeio para a construção do novo equipamento será dividido entre União (50%), Estado (30%) e município (20%). O prefeito frisou que, em breve, vai dar posse a 120 médicos, que além de atuarem nos IJFs, também atuarão nos Frotinhas.
“O hospital se faz de infraestrutura, de equipamento, mas, principalmente, de pessoal. Para se ter uma ideia, 75% do custeio do IJF é somente com pessoal. Temos muita equipe boa, que não faz mais por falta de infraestrutura, equipamento e condições de trabalho”, reconhece.
Conforme o prefeito, o encontro com seu secretariado foi, principalmente, para discutir prazo de obras, novas licitações e reformas dos Frotinhas. “Vamos iniciar as três reformas no primeiro semestre deste ano, temos uma pronta para iniciar, que é no Frotinha da Parangaba”, frisou, ao prestar conta de ações que deve realizar na rede de urgência e emergência até o final do ano.
Balanço
Em conversa com a imprensa, o prefeito também fez um balanço das obras que deve concluir e projetos que ainda devem ser iniciados até o final do ano. Ao fazer uma autoavaliação dos últimos três anos, RC teceu críticas a gestões anteriores, principalmente, a administração da ex-prefeita Luizianne Lins (PT), pontuando que “Fortaleza é uma cidade desigual, apartada”, que viveu os últimos 10 anos, “um período de poucas realizações”. Em entrevista coletiva, Roberto Cláudio se esquivou de falar sobre as eleições de 2016.
Ao fazer um balanço dos três anos de sua gestão, RC pontuou que, em função de “demandas acumuladas” das administrações anteriores, ficou impossibilitado de avançar nas políticas públicas em sua gestão. “Se pegar os últimos 10 anos de gestão de Fortaleza, em qualquer dimensão como habitação, obras de mobilidade, saúde e educação, as ações são muito pontuais. Menores que a necessidade acumulada na cidade”, criticou.
“Ao longo de dois anos, nós temos obras completamente prontas. Mas vamos inaugurar por etapas. Vamos trabalhar focados para que, até dezembro desde ano, tenhamos pelo menos um pavimento do IFJ II pronto, para que a gente possa resolver o gargalo mais imediato que sãos os pacientes esperando atendimentos nos corredores”, complementou.
Comparativo
Conforme o prefeito, ao fazer um estudo comparativo, com relação aos três anos de seu mandato com os 10 anos que o antecederam, conseguiu, por exemplo, na área da saúde primária, avançar com 22 novos postos, em que deve entregar até o fim de sua gestão. “Na década anterior, apenas dois postos foram entregues”, criticou.
No tocante a unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), RC fez questão de destacar que, enquanto nos último seis anos da gestão de Luzianne Lins, foram entregues cerca de 2 mil unidades, enquanto, ao término de sua gestão, entregará mais de 10 mil unidades. “Nos últimos quatros anos, conforme o estudo, não tínhamos nenhuma escola de tempo integral, e vamos terminar esse ano com 45 novas escolas funcionando, além de mais de 100 creches novas”, ressaltou.
Na corrida contra o tempo, o prefeito ainda deverá entregar ainda 17 arenias, 3 Upas e a reforma de 88 praças. “Tudo isso demanda foco, atenção, prioridade para organizar esse calendário de entrega de obras e também resolver novas pendências que vão surgindo ao longo do mandato”, ressaltou.
Conforme o prefeito, os três anos de sua gestão foram para “organizar a casa, de planejar bem a cidade, desenvolver projetos, de preparar a cidade do ponto de vista orçamentário, tanto de melhorar a receita como captar novos recursos e agilizar intervenções”.
Política
Candidato à reeleição pelo PDT, Roberto Cláudio foi questionado sobre como andam as articulações, nos bastidores, para a composição da aliança que irá o apoiar. O prefeito, no entanto, foi sucinto e evitou dar detalhes. “Aqui é um ato administrativo, de gestão, e quero me disciplinar para não falar de política. Não quero contaminar essa discussão com política; haverá o momento específico para isso’, finalizou.

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