É a cultura do invadir primeiro e perguntar depois. Ou não.

Comissão vai elaborar estudo técnico sobre a ocupação do Jary Comissão vai elaborar estudo técnico sobre a ocupação do Jary Foto: Marcos Moura

Uma comissão formada por representantes do Governo do Estado, Assembleia Legislativa, município de Maracanaú e da comunidade do Jary vai se reunir na próxima semana, na sede da prefeitura de Maracanaú, para elaborar um estudo técnico para ser apresentado à Justiça com informações sobre a atual situação da ocupação e buscar a regularização da área.
O encaminhamento foi tirado durante a audiência pública realizada na tarde desta terça-feira (01/03), no Complexo de Comissões Técnicas da AL, para debater sobre a ocupação da comunidade do Jary. localizada no Parque Jary, ao lado do Anel Viário, em Maracanaú.
Para o deputado Júlio César Filho (PMB), autor do requerimento, é preciso encontrar uma solução rápida para o impasse. "A população do Jary não merece ter a insegurança de hoje dormir em suas casas com a possibilidade de amanhecer com a Polícia em suas portas querendo expulsá-los de lá", afirmou.
Segundo  o parlamentar, o debate é para demonstrar às autoridades que a área não é mais de risco. Foram feitos investimentos do poder público como saneamento e calçamento de ruas, além da implantação de equipamentos públicos.
O pastor Raimundo Bezerra dos Santos Júnior, representando a comunidade do Jary, defendeu a necessidade de moradia da população. Uma luta, segundo ele, que já vem se arrastando há seis anos. "A única coisa que a população quer é ter o direito de permanecer na área que hoje não representa nenhum risco", desabafou.
Otaviano Oliveira, presidente da Associação Comunitária do Anel Viário, criticou a ausência do Ministério Público Estadual na reunião porque, segundo ele, é o Ministério Público que está com a ordem de desocupação da comunidade.
O assessor especial de Acolhimento aos Movimentos Sociais do Governo do Estado, Acrisio Sena, afirmou que solução para o impasse tem que ser negociada e conjunta entre o Governo do Estado, prefeitura de Maracanaú, Ministério Público e a população local. "O fundamental é delimitar a área, distinguindo o que é área verde, área degradada e área já consolidada para seja encontrada uma solução buscando respeitar a lei e a vida das pessoas", declarou.
Também participaram da audiência, o deputado Zé Ailton Brasil (PP), deputada Fernanda Pessoa (PR), Paulo Roberto Reis Loiola, representando o Departamento de Estrada e Rodagem (DER); Francisco Cláudio Filho, do Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH); Dimitri Cruz, coordenador especial de Políticas dos Direitos Humanos do Estado; Major Gerlúcio Henrique Vieira, representando o Comando da Polícia Militar; Wládia Nogueira, da Procuradoria Geral do Estado; Conceição Freitas, do Núcleo de Ações Socioassistenciais da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado; Waldemar Pereira, da Secretaria das Cidades; Leonardo Borralho, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado; do vereador Tuca da Farmácia, de Maracanaú e do ex-prefeito de Maracanaú, Júlio César Costa Lima e a comunidade da ocupação Jary.

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