Impeachment: relatório traz insegurança política e jurídica a todos os
gestores brasileiros, diz Pimentel
O senador
analisou o parecer do relator apresentado na Comissão do Impeachment
O
líder do governo no Congresso Nacional, senador José Pimentel (PT-CE), analisou
o relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), logo após a sua leitura, na
Comissão Especial de Análise do Pedido de Impeachment da presidenta Dilma
Rousseff. A leitura do relator foi encerrada na noite desta quarta-feira (4/5).
Na avaliação do senador Pimentel, o relatório gera insegurança jurídica para
todos os gestores, inclusive municipais e estaduais.
Para
o senador Pimentel, a fundamentação apresentada pelo relator traz insegurança
política e jurídica para todos os gestores brasileiros. “Aceita a tese apresentada, os 5.570 prefeitos,
os 27 governadores e qualquer presidente da República fica totalmente exposto
porque a fundamentação é em face da impopularidade e em face de um problema
econômico. Assim, diante de uma maioria eventual, o gestor pode ser cassado.
Isso é o fim do Estado Democrático de Direito”, diz Pimentel.
Ao
ler o documento, José Pimentel constatou que o relator admite a abertura do
processo de impedimento da presidenta da República, Dilma Rousseff, baseado em
fatos que ocorreram em anos anteriores a 2015 – o que fere decisão do Supremo Tribunal
Federal. “O relator, para dar um mínimo de coerência ao seu parecer, recorre ao
período anterior ao da denúncia e o STF já determinou que os fatos são exclusivamente
de 2015. Portanto, ele extrapola o objeto da denúncia”, conclui.
Nesta
quinta-feira, a Comissão volta a se reunir, às 10 h, para ouvir o ministro da
Advocacia Geral da União, José Eduardo Cardozo, que falará em defesa da
presidenta Dilma Rousseff. Em seguida, começam as discussões em torno do
parecer do relator. A comissão vota o relatório na sexta-feira.
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