Cheias. Hollande anuncia estado de catástrofe natural

EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON
François
Hollande anunciou que o estado de catástrofe natural será
reconhecido a partir de quarta-feira, dia em que se realiza a próxima
reunião de Conselho de Ministros do Governo francês. O presidente de
França referiu que essa medida abrangerá as regiões mais afetadas pelas
intempéries e pelas inundações.
Uma
mulher morreu e dezenas de casas foram evacuadas nas regiões do centro
de França, depois de vários dias de chuva constante que, em algumas
zonas, já provocaram as piores inundações do último século. A situação
tem sido particularmente complicada nas regiões atravessadas pelos rios
Loire e Sena, cujas águas galgaram as margens. Segundo a AFP, o Museu do
Louvre, em Paris, vai ser encerrado amanhã, sexta-feira, como medida de
precaução devido às cheias. As obras armazenadas no subsolo do edifício
serão retiradas para os pisos superiores, revelou fonte do museu.
Recorde-se que o Louvre é o museu mais visitado do mundo: recebe cerca
de nove milhões de pessoas por ano.
Em
Paris, os responsáveis esperam que as águas do rio Sena subam até aos
5,60 metros na sexta-feira, um valor ainda abaixo dos seis metros que
farão inundar os túneis do metropolitano parisiense. O recorde de subida
do rio que atravessa a capital francesa foi registado em 1910: 8,60
metros. Ainda assim, uma das linhas de comboio - RER C - que passa pela
Ponte das Almas ou o Musée d'Orsay - vai estar interrompida a partir das
16.00 desta quinta-feira (menos uma hora em Portugal).
Pelas 13.00 em França, segundo números avançados pela Enedis - empresa de distribuição de eletricidade - ao Parisien, cerca de 24 mil casas estavam sem eletricidade, das quais quase dez mil na região de Seine-et-Marne.
O instituto de meteorologia francês já revelou que a região de Paris registou em maio o maior nível de precipitação desde 1960.
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