Sérgio Machado desiste de pedido ao STF para cumprir prisão antecipada
Decisão da polêmica cabe ao relator da Lava-Jato, ministro Teori Zavascki
– Um dos principais delatores da Lava-Jato, o ex-presidente
da Transpetro Sérgio Machado enviou petição do Supremo Tribunal Federal
(STF) declarando que não quer ser preso antes de qualquer condenação
judicial. No fim de junho, ele tinha pedido ao tribunal justamente o
contrário – para que começasse a cumprir logo a pena, mesmo sem saber
qual seria sua condenação. Agora, desistiu dessa possibilidade. A
decisão da polêmica cabe ao relator da Lava-Jato no tribunal, ministro
Teori Zavascki.
Machado fez esse pedido ao STF no dia 21 de junho, em um documento que não foi divulgado pelo tribunal, embora o processo não esteja sob sigilo. Na nova petição, em sentido contrário, a defesa afirma que “os motivos que levam o peticionário (Machado) a desistir de exercer a faculdade prevista no Acordo de Colaboração Premiada são de foro íntimo, desimportantes para o deslinde da presente causa”.
Nos depoimentos da delação premiada, Machado contou que pagava mesada a integrantes da cúpula do PMDB. O esquema teria beneficiado o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL); o ex-senador José Sarney (AP); e os senadores Edison Lobão (MA), Romero Jucá (RR), e Jader Barbalho (PA). O mensalão de Machado era entregue, na maior parte, em dinheiro vivo. Renan teria ficado com a parcela maior, amealhando R$ 32 milhões ao longo de uma década. Segundo o delator, o senador recebia R$ 300 mil por mês.
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