“A prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e sua soltura
poucas horas depois, tornaram a situação “confusa”. Afinal, se havia
motivos para prender, como eles teriam sido extintos cinco horas depois,
para a que a soltura fosse determinada? A análise é do ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Em evento promovido pela Associação dos Advogados de São Paulo, nesta
sexta-feira (23/9), o ministro diz que há contradição entre as decisões
tomadas pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Nessa
quinta-feira (22/9), Guido Mantega foi preso no Hospital Albert
Einstein, na zona Sul de São Paulo, pela Polícia Federal, por ordem de
Moro. Horas depois, foi solto, pelo mesmo juiz.
Mantega é acusado de pedir a ajuda de empresários que conseguiram
contratos com a Petrobras para pagar dívidas de campanha para o Partido
dos Trabalhadores. O ex-ministro estava no hospital acompanhando sua
mulher, que trata de um câncer há dois anos.
Advogados criticaram a atitude de Moro, afirmando que a mudança de
sentido na ação do julgador pode ter ocorrido para agradar a opinião
pública.
Para Gilmar Mendes, o fato de Mantega estar no hospital acompanhando
sua mulher não justificaria a anulação da prisão. “Todos os dias pais
são presos, deixam seus filhos e suas famílias, e mesmo assim são
presos, se o pedido estiver de acordo com a lei”, afirmou. Dando a
entender que o pedido, se foi revogado tão rápido, não estaria de acordo
com a lei.”
(Site do Consultor Jurídico)
Nenhum comentário:
Postar um comentário