Socorro! Precisamos conter a violencia!

Deputados cobram soluções para conter violência no CE

Deputados estaduais cobraram do Governo Federal, ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará, soluções para violência no País. O deputado Fernando Hugo (PP) iniciou o debate defendendo a implantação do Plano Nacional de Segurança Pública para conter os números crescentes de violência registrados.
Foto: Máximo Moura
A discussão, inclusive, foi motivada pelos dados apresentados, nos últimos dias, pelo anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública referente a 2016, que aponta mais de 60 mil assassinatos no País.
Na avaliação do deputado, os dados divulgados são “massacrantes” e “trágicos” e colocam o Brasil como recordista de violência, exigindo a adoção de medidas drásticas.
“É uma fartura quantitativa de violência tão grande, que choca a todos, o que faz com que o Governo Federal tome uma atitude e apresente um plano nacional de segurança, com uma planificação efetiva de ações a serem adotadas”, frisou o parlamentar.
Fronteiras
O parlamentar apresentou, ainda, requerimento pedindo ao presidente Michel Temer ação para fechar as fronteiras do País. A sugestão ainda precisa ser aprovada pelo plenário da Casa Legislativa.
Para Fernando Hugo, precisa haver uma parceria “ágil, forte e rápida” entre União, estados e municípios no sentido de combater a violência “descontrolada” e “salvar o Brasil da hecatombe social que vivencia”.

“São sete homicídios por hora, 130 estupros por hora no Brasil, coisas em que uma análise fria e objetiva impõe ao Governo Federal ações emergenciais. A droga, o tráfico que mata as populações em todas as classes sociais do País, chega através de nossas fronteiras”, disse ele, lembrando que, há 15 anos, fez esta mesma cobrança.
Pressão
O deputado Roberto Mesquita (PSD) endossou a cobrança de Fernando Hugo, e sugeriu que, no caso do Ceará, haja pressão da bancada federal para que o Governo Federal direcione ações de segurança ao Estado.
“Reconhecemos os esforços do governador Camilo Santana na contratação de homens para as forças de segurança e em dotar as polícias de equipamentos mais modernos, mas se essas medidas ainda não são suficientes, vamos pressionar o Governo Federal e também cobrar que os municípios façam sua parte, o que não podemos é aguardar mais”, alertou Mesquita.

Maioridade penal
O deputado Manoel Duca (PDT) também defendeu a necessidade de um plano nacional de segurança. Mas, por outro lado, apontou que outros pontos precisam ser debatidos, como a redução da maioridade penal.
“Se cobra o plano nacional de segurança, mas tem se falado pouco ultimamente sobre a urgência de reduzirmos a maioridade penal e sobre o fracasso que é o Estatuto do Desarmamento, questões que são determinantes no aumento da criminalidade”, apontou o parlamentar.
Já o deputado Bruno Pedrosa (PP) lamentou que o Congresso Nacional não esteja dando a atenção necessária para a problemática da violência no Brasil. “O que vemos é a inércia do Congresso Nacional diante de toda esta realidade de violência e assassinatos, que vem se reduzindo a praticar fisiologismo e livrar bandidos da prisão”, criticou.

Governador
O assunto, inclusive, tem sido defendido pelo governador Camilo Santana. Ao participar, na semana passada, do Encontro de Governadores do Brasil, em Rio Branco, no Acre, o chefe do Executivo afirmou a necessidade de uma pactuação entre os Poderes para diminuição dos índices de criminalidade e enfatizou a necessidade urgente do Brasil elaborar ações por meio de um Plano Nacional de Segurança Pública.
“É preciso chamar o Congresso Nacional e rever a legislação que nós temos hoje. E quem tem a capacidade de coordenar a pactuação e organizar esse plano no País é o Governo Federal, convocando o Poder Judiciário, o Congresso Nacional e todos os governadores”, defendeu o governador durante o evento.

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