Evolução
Um
dos temas mais debatidos e objeto de reflexão, ao longo do tempo, diz
respeito à “evolução espiritual”. Envolve, é claro, conceitos inerentes à
fé e à razão. Estudiosos(filósofos, teólogos, cientistas, etc) analisam
o comportamento das pessoas à luz do “crer ou não crer” em uma
proposta. Um desafio significativo para todos nós
é o de conceber valores sem destruir os outros. A polarização vem
aumentando com o passar do tempo. São Bento, por exemplo, foi um grande
pensador e um homem alheio a qualquer forma negativa de polêmica,
preocupando-se muito com o ser humano. Atualmente, em razão do progresso
tecnológico e também do processo de globalização, as pessoas reagem
mais aos objetivos diferentes dos seus. Nesta linha de raciocínio, as
manifestações ecumênicas, respeitando-se a liberdade de pensamento, são
fundamentais para se conseguir um mundo melhor. Particularmente, sou
católico praticante, creio na palavra de Deus, externando o amor a Ele e
ao próximo. Todavia, acredito que todos de bom senso e de boa vontade,
quer sejam crentes, agnósticos ou ateus devem buscar a solidariedade, ou
seja, o amor ao próximo. Ademais, para Cristo é preferível um ateu
justo e sincero do que um falso cristão. A paz exterior, decorre
da paz interior, isto é, da “evolução espiritual”. As virtudes
teologais(fé, esperança e caridade), assim como as virtudes cardeais ou
centrais(prudência, temperança, fortaleza e justiça) podem ser comuns a
todos, independentemente, do posicionamento religioso, pois são
concedidas pela bondade de Deus. “Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada
coisa tem a sua ocasião”(Ec 3,1).
Gonzaga Mota
Professor aposentado da UFC
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