Segundo fontes no Departamento de Estado americano, os EUA negociam com Brasil e Colômbia, que servem de centros de distribuição de comida e medicamentos, as “disposições adequadas” para a entrega
Beatriz Bulla, CORRESPONDENTE / WASHINGTON, O Estado de S.Paulo
Segundo fontes no Departamento de Estado americano, os EUA negociam com Brasil e Colômbia, que servem de centros de distribuição de comida e medicamentos, as “disposições adequadas” para a entrega. A principal delas, segundo o Estado apurou, é a segurança da operação.
“Precisamos assegurar que aqueles que recebem nossa ajuda, nossos parceiros e nossas equipes não serão colocados em perigo, que a assistência dos EUA possa chegar à população vulnerável”, disse uma fonte do setor de assuntos hemisféricos do Departamento de Estado.
Até o momento, o Brasil descartou a possibilidade de ação militar de qualquer forma em todas as reuniões sobre a Venezuela. Quando esteve em Washington para conversas com autoridades americanas, no início do mês, o chanceler Ernesto Araújo negou a existência de qualquer ação militar na Venezuela, mas não deu detalhes sobre a logística de entrega da ajuda humanitária.
Nesta quinta-feira, 21, depois do anúncio de Maduro sobre o fechamento da fronteira com o Brasil, os EUA continuaram com a estratégia de fazer pressão sobre os militares venezuelanos para que não impeçam a entrada da ajuda. “Pedimos às forças de segurança venezuelanas que permitam que esses suprimentos entrem no país”, afirmou um integrante da diplomacia americana.
Em discurso em Miami, na segunda-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, deu um ultimato aos militares da Venezuela. Se não permitirem a entrada de mantimentos, “perderão tudo” – em referência às fortunas que funcionários chavistas têm no exterior. “Não encontrarão refúgio, nenhuma saída fácil, porque não haverá saída”, disse Trump.
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