Se chegar no Velho Xico, lama vai afetar transposição

A Vale mata, destrói e pede desculpas.
O número mágico do dia é cem. Segundo os bombeiros e socorristas atuando em Brumadinho, já são mais de cem mortos. Segundo as agências ambientais e a agência responsável pelas águas, são mais de cem quilômetros contaminados no Rio Paraopeba, onde já foram detectados até metais pesados. A lama se aproxima do reservatório da Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo. Se não for contida nesta barragem, as próximas paradas serão o Rio São Francisco e o mar. A Vale, dona da represa do Feijão, anunciou que vai esvaziar dez de suas represas mais perigosas para evitar futuros desastres.
Planos dessa natureza já vêm sendo executados em Minas Gerais por empresas como Usiminas, Gerdau, ArcelorMittal e a CSN, mas, atualmente, é quase impossível determinar quantas barragens no estado têm o mesmo tipo de construção das que romperam em Brumadinho e Mariana. Apesar da existência de Relatório de Segurança de Barragens, publicado pela Agência Nacional de Águas, ele não informa o tipo de construção empregado. São vários órgãos fiscalizadores envolvidos, as informações são descentralizadas e no momento há um jogo de empurra: questionada pelo jornal Estado de Minas, a ANA informou que é necessário entrar em contato com a Agência Nacional de Mineração (ANM) para obter tais dados. Todavia, desde que ocorreu a tragédia em Brumadinho, o órgão não está atendendo à imprensa.

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