Perguntado sobre os indicadores de aumento do desmatamento da
Amazônia, Bolsonaro saiu-se com essa: “A questão do INPE, eu tenho a
convicção que os dados são mentirosos”. Referindo-se ao diretor do instituto,
Ricardo Galvão, acrescentou: “Ele vai ter que vir se explicar aqui em
Brasília esses dados aí que passaram pra imprensa do mundo todo, que pelo
nosso sentimento não condiz com a verdade. Até parece que ele está à serviço
de alguma ONG, que é muito comum.”
A base das grosserias desrespeitosas de Bolsonaro são sua
“convicção” e seu “sentimento”. Talvez por ser um manipulador contumaz dos
fatos, ele acredite que o progresso científico baseie-se no mesmo expediente.
Ricardo Galvão disse que a atitude de Bolsonaro foi
"pusilânime" e "covarde", e que ele, como presidente da
República "precisa entender que (...) não pode falar em público (...)
como se estivesse em uma conversa de botequim.”
A nota em apoio a Galvão e ao INPE divulgada pela Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) diz que
“críticas sem fundamento a uma instituição científica, que atua há cerca de
60 anos e com amplo reconhecimento no país e no exterior, são ofensivas,
inaceitáveis e lesivas ao conhecimento científico.”
Outra matéria da Folha informa
que Bolsonaro não receberá Galvão e escalará para isso seu ministro da
ciência ou seu ministro do meio ambiente. A mesma matéria informa que
Bolsonaro enviará um PL ao Congresso para legalizar o garimpo: "O
garimpeiro é um cidadão que merece respeito, consideração, e obviamente a
gente vai casar a exploração com a questão ambiental e botar um ponto final
no mercúrio".
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A convicção do fim de semana
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