Renato Roseno critica declarações polêmicas do presidente Bolsonaro


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O deputado Renato Roseno (Psol) criticou, ontem, durante sessão plenária da Assembleia Legislativa, declarações do presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas. O parlamentar observou que, por diversas vezes, a população se viu “perplexa”, diante das declarações do chefe do Executivo Nacional.
“Durante o período, o presidente negou a tortura na época do regime militar, desdenhou da dor de um filho que perdeu o pai para a ditadura, além da falta de sensibilidade ao comentar a morte de 57 detentos em presídio no Pará e minimizou o trabalho infantil”, pontuou.
Renato Roseno afirmou que Bolsonaro desdenha e mente para a sociedade brasileira, ao negar o que ocorreu no período ditatorial e criticou a forma com que falou sobre a morte do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. “O presidente esquece que, até hoje, muitas pessoas ainda sofrem a perda de parentes que sumiram durante a ditadura”, acrescentou.
O deputado repudiou também a minimização do trabalho infantil por parte do presidente e que ele esquece a situação social que passa o Brasil. “Bolsonaro despreza os pobres. Ele não tem nada de nacionalista ao não se importar com o sofrimento dos mais pobres. O que falta nele é humanidade para com o seu povo”, opinou.

Renato Roseno lamentou que o Brasil tenha perdido espaço no cenário político mundial, onde já foi considerado uma grande liderança entre os países emergentes.
O parlamentar pediu ainda que a população seja contra o autoritarismo e às declarações “desumanas” de Bolsonaro. “Eu queria conclamar não os meus iguais, mas os meus diferentes. Não tratemos com normalidade o que não pode ser tratado dessa forma. Estamos entrando em um período em que se normaliza a fome e tragédia. Temos que dar uma resposta à altura para ir contra o que tem acontecido”, afirmou.
Na ocasião, os deputados Carlos Felipe (PCdoB) e Marcos Sobreira (PDT) se solidarizaram com todos os advogados do País e com Felipe Santa Cruz. Repudiaram ainda, o que classificaram de “desrespeitoso”, o presidente chamar o povo nordestino de “Paraíbas”- termo de caráter pejorativo para chamar pessoas da região.

O deputado Tony Brito (Pros) afirmou que a Polícia Civil está sempre atenta para que não haja retrocessos nos direitos humanos. Citou o trabalho de policiais do 5º Distrito Policial, do bairro Parangaba, em Fortaleza, para inocentar um preso indevido, acusado de estupro.
A deputada Patrícia Aguiar (PDT) se disse preocupada com o momento que passa o Brasil e que pensava que os direitos humanos estavam assegurados e não ameaçados no País. “Estamos passando por uma crise democrática. A sociedade não pode deixar de debater isso”, pontuou.
Já o deputado Acrísio Sena (PT) defendeu uma ampla frente em defesa dos direitos democráticos assegurados após tantos movimentos ao longo dos anos. Convocou os partidos políticos para lutar em defesa da democracia e dos direitos humanos.

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