Sínodo da Amazonia


As crises da Igreja Católica, a interna e a com o governo brasileiro

O Papa Francisco pretende fortalecer a Igreja em toda a Amazônia, nem que para isso tenha que afrouxar regras milenares. Para aumentar o número de pessoas habilitadas à reza das missas, pode, em circunstâncias especiais, abrir mão do celibato e admitir que mulheres assumam o ofício. Busca com isso turbinar a missão de evangelização e, também, fazer frente à crescente penetração dos neopentecostais.
Mas, por conta desses movimentos, o Sínodo da Amazônia está se convertendo em um dos mais importantes palcos do tabuleiro de xadrez da Igreja Católica. A ala conservadora da Igreja - os alemães, que apoiaram Bento XVI e João Paulo II, e os norte-americanos - dizem que os documentos preparatórios para o Sínodo “contêm heresia, estupidez e apostasia.”
O Valor e esta - nem tão nova - matéria do Estadão falam sobre o Sínodo e a Igreja.
Outro campo de batalha acontece com o governo brasileiro. Assim que tomaram posse, os generais de Bolsonaro fizeram pronunciamentos contra o Sínodo dizendo que este interferia com a soberania nacional.
Jamil Chade, no UOL, analisa os pontos de possível conflito entre a Igreja e o governo brasileiro. 
Religiosos da Igreja Católica na Amazônia divulgaram uma carta na semana passada protestando por estarem sendo “criminalizados” em discursos e mensagens nas redes sociais. Primeiro, lembram “quanto sangue, suor e lágrimas foram derramados na defesa dos direitos humanos e da dignidade, especialmente dos mais pobres e excluídos da sociedade, dos povos originários e do meio ambiente tão ameaçados." Na sequência, lamentam "imensamente que hoje, em vez de serem apoiadas e incentivadas, nossas lideranças são criminalizadas como inimigos da pátria.” Mais adiante, afirmam que “a soberania brasileira sobre essa parte (brasileira) da Amazônia é para nós inquestionável. Entendemos, no entanto, e apoiamos a preocupação do mundo inteiro a respeito deste macrobioma que desempenha uma importantíssima função reguladora do clima planetário.” 
André Shalders e João Fellet, da BBC, conversaram com a ala militar que espera que a Igreja não exceda os limites do que ela mesma se propôs a fazer.

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