Desvalorizações
cambiais
Define-se taxa de
câmbio como o preço da moeda estrangeira (divisas) em termos de moeda nacional.
Ou seja, raciocinando com a moeda dos EUA, a mais comum de comparação, a taxa de câmbio no Brasil é a relação
entre R$ (real)/ US$ (dólar). Por sua vez, de maneira geral, pode-se dizer que
por trás da demanda de divisas está o fluxo representativo da saída de divisas
para o exterior, mediante operações como: importação de bens e serviços,
pagamentos financeiros ao exterior, empréstimos concedidos ao exterior,
amortizações de financiamentos pagas ao exterior, dentre as mais significativas.
Já, por trás da oferta de divisas tem-se o fluxo referente à entrada de divisas
evidenciado por operações como: exportação de bens e serviços, recebimentos
financeiros do exterior, empréstimos obtidos no exterior, amortizações de
financiamentos recebidos do exterior, etc. Os formatos das curvas de procura e
de oferta de divisas, numa situação de mercado livre, no sistema cartesiano (1º
quadrante), são, respectivamente, descensional da esquerda para a direita e
ascensional, também, da esquerda para direita. Assim, como a taxa de câmbio é o
preço da divisa, quanto maior esse preço, menores seriam as quantidades
procuradas e maiores as ofertadas; ou então, quanto menor o preço, maior seria
a procura e menor a oferta. Referindo-se, especificamente, às desvalorizações
cambiais, isto é, os efeitos para um país que teve sua moeda depreciada (por
exemplo: aumento da relação R$/ US$, no Brasil) são: estímulo à entrada de
divisas e desestímulo à saída de divisas. Todavia, os elaboradores de política
econômica devem observar diversos indicadores, tais como: taxa de inflação,
taxa de juros, emprego, distribuição de renda, crescimento do PIB, políticas e
crises externas, especulação no país e no exterior, etc. Não é fácil, todo
cuidado é pouco.
Gonzaga
Mota
Prof.
aposentado da UFC
Ex Governador do Ceará e meu amigo
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