Causos do dr. Fabricio

 
A lenda da Baleia de Icó
Reza a lenda que o Icó já foi um braço do Mar. Desta feita, num passado não tão distante, idealizou-se a construção de um templo religioso (Igreja Nova / São José) que pudesse comportar todos os fiéis que vinham e vêm participar das Festividades Religiosas Alusivas ao Nosso Senhor do Bonfim, hoje a terceira maior festa religiosa do Estado do Ceará.
Pois a Igreja de mesmo nome (desde de 2011 é Santuário), se tornara pequena para as milhares de pessoas que participam das atividades religiosas ao Cristo Crucificado (Senhor do Bonfim).
O Pároco, da época, expôs para a comunidade local que ao término da obra da nova igreja, iria transferir a Imagem do Senhor do Bonfim e, consequentemente, suas festividades.
Esse comunicado causou um alvoroço na sociedade, pois os fiéis não aceitavam tal fato. Porém, o Pároco estava determinado a fazer o que se propusera.
Foi aí, que um dos devotos teve a brilhante ideia de espalhar por todo Rincão a seguinte estória:
- "Olha, um dia o Icó já foi braço do Mar e o Altar-Mor do Senhor do Bonfim foi construído sob uma Cama da Baleia. Com isso, se um dia a Imagem do Senhor do Bonfim for retirada em definitivo do seu Altar-Mor, a Baleia Acordará, começará a jorrar água e o Icó será inundado pelas águas do Mar."
Essa estória causou ainda mais alvoroço, deixando a sociedade Icoense temerosa ao ponto de se mobilizar e não deixar que a referida Imagem fosse retirada. Se revezava em sentinela na porta da Igreja para o ensejo não viesse a acontecer.
Diante daquela expressão de fé, e para muitos de inocência, o desejo do Pároco não se concretizou, o mesmo deixou a Paróquia e para alegria de todos nós fiéis e devotos do Nosso Senhor do Bonfim, sua imagem permanece até hoje em seu lugar de origem, o Altar-Mor do Santuário do Senhor do Bonfim.
E, terminadas as obras da Igreja maior, a mesma se tornou à Igreja de São José, conhecida também por Igreja Nova.
Lembrando que as Festividades Religiosas Alusivas ao Nosso Senhor do Bonfim, completou recentemente 270 anos de História, Fé e Tradição, desde 1749.
(Por Cláudio Pereira, Professor e Memorialista).

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