Caso Marielle: ex-PM é morto em tiroteio na Bahia

O ex-policial militar do Rio de Janeiro Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de comandar a milícia de Rio das Pedras, zona oeste da capital fluminense, foi morto na manhã de hoje em um confronto com forças de segurança da Bahia. Ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais), Adriano já foi investigado por suspeita de envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A linha de investigação, no entanto, não evoluiu. Em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro em agosto de 2018, disse “não se recordar ao certo” onde estava na noite de 14 de março daquele ano – data em que a vereadora e seu motorista foram mortos.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública da Bahia), Adriano estava escondido em uma propriedade na zona rural na cidade de Esplanada (a 160 km de Salvador). No momento do cumprimento do mandado de prisão, ele teria reagido com disparos de arma de fogo e foi alvejado. De acordo com a SSP, o ex-PM chegou a ser socorrido para um hospital da região.
Segundo a polícia, Adriano portava uma pistola austríaca calibre 9mm —além dela, foram encontradas duas espingardas e um revólver. Investigadores que participaram da operação também encontraram no imóvel 13 aparelhos celulares, que estavam escondidos em diferentes cômodos da casa. O caso foi registrado no Draco (Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado) da Bahia. A formalização da ocorrência, contudo, foi repassada para as equipes da Polícia Civil fluminense, que deu apoio com informações acerca das investigações.


Na Bahia
Ele passou a ser monitorado por equipes do SI (Serviço de Investigação) da SSP baiana após informações de que ele teria buscado esconderijo na Bahia. “Procuramos sempre apoiar as polícias dos outros estados e, desta vez, priorizamos o caso por ser de relevância nacional. Buscamos efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando”, disse o secretário da SSP-BA, Maurício Teles Barbosa.


Flávio Bolsonaro
Capitão Adriano entrou para a PM fluminense no ano de 1996. Quatro anos depois, concluiu o curso de operações especiais do Bope. Na corporação, fez amizade com Fabrício de Queiroz, que trabalhou como assessor do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), quando este foi deputado estadual. Anos depois, Queiroz indicou a mãe e a mulher de Capitão Adriano para trabalhar no gabinete do filho mais velho do presidente da República, Jair Bolsonaro. (Alexandre Santos)

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