O dia


Hoje não choveu de madrugadinha, como vem ocorrendo. E fez calor. Não adiantou abrir as janelas que a frescura da manhã não chegou. As portas, frestas e janelas não assobiaram. O transito deu um cala-boca, como se tivesse combinado com dois sanhaçus, um casal de bentivis, uma rolinha fogo-pagô que vive de chamar companheiras pros folguedos perto da igreja da Saúde, cantou solitária e uns periquitos australianos, de um apartamento do prédio vizinho começaram a reclamar da vida bem cedim. Aliás, nunca sei se periquito australiano,que passa o tempo todo arrulhando, tá cantando ou reclamando. É um fuxico só a cantilena lá deles. Daí que esta sexta feira vem assim. Cara de calor, mas o cajá-umbu tá garantido, a paçoca tá garantida, o queijo de coalho e o feijão verde estão devidamente escutando a conversa pra baião de mais tarde.  Tem maxixe e quiabo assegurados. A tal da "Aviador" ficou só no retrato, daí que vai o estiver na linha de tiro, que ninguém é de ferro. Agora preste atenção pra não perder o trem. Aliás, falar em trem, soube que o Vera Cruz, o maravilhoso trem que tanto me carregou entre o Rio e Congonhas do Campo, vai voltara rodar. E quando falo ainda sinto o cheiro do café da manhã servido a bordo, aí pelas seis da manhã, antes de chegar a Minas...Ô vida veia mais ou menos, viu...

Nenhum comentário:

Postar um comentário