OPINIÃO

 


Fabio Campos
A decisiva “sala” na qual se reúnem Ciro, Cid e Ivo
Observa-se que os ânimos se arrefeceram. O fogo baixou. É mais do que provável que virá por aí uma posição uníssona em relação à sucessão do Ceará.
Os irmãos FG: todos na política. Sim, eles brigam e se abraçam como qualquer outra família.
A reunião de Ciro Gomes com as bancadas estadual e federal do PDT, ocorrida na última segunda-feira, não decidiu nada, mas teve o mérito de arrefecer (por pouco mais de um dia) o caldeirão ardente do PDT. Os ânimos se aplacaram um pouco (o fim desta tarde de quarta-feira não confimou). Sim, mas não se sabe até quando. O próximo dia 20 de julho marca o início do período para a realização das convenções. O tempo voa e a realidade se impõe.
Os ânimos aplacados serviu para dimiuir o disse-me-disse que vinha deteriorando o ambiente. Importante: no mais relevante ambiente pedetista com poder de decisão, os semblantes, mentes e corações também se tornaram mais propícios às conversas e negociações. No caso, esse espaço é a “sala”, que pode ser virtual ou real, na qual se reúnem os irmãos Ciro, Cid, Ivo, Lúcio e Lia. Naturalmente, o trio inicial tem maior relevência pela abrangência política de cada um.
Não, não. Não há notícias de brigas ou coisa que o valha. Um observador da política que se preze sabe que o PDT só entrou em combustão em função do vácuo de liderança que prevaleceu, muito provavelmente, por alguma animosidade que afastou Cid do processo. O senador é a cola capaz de levar o partido adiante. Todos sabem disso.
Sim, essa é uma questão realmente substancial. Como é peculiar à toda família digna do nome, são comuns as rusgas, afastamentos, mágoas, divergências, silêncios obsequiosos e tudo o mais que é humano. Principalmente quando todos estão envolvidos de forma tão ampla na complexidade das lutas políticas e eleitorais.
Porém, quase sempre, tais desentendimentos são circunstâncias e quadros passageiros. Pelo que conhecemos, afinal trata-se de uma família com longa exposição pública em função da política, a fraternidade perdura entre eles.
Ou seja, é mais do que provável que virá por aí uma posição uníssona em relação à sucessão do Ceará. É evidente que a liderança de Ciro, o primogênito e inconteste líder, tem mais peso. Seus irmãos dizem isso publicamente Porém, isso não quer dizer que as ponderações de todos não sejam consideradas.
Uma coisa é fato insofismável: pragmatismo na tomada de decisões é uma marca que já fez História no Ceará. Alguns exemplos: apoio à reeleição de Luizianne Lins em Fortaleza e rompimento com a mesma em 2012, rompimento com Tasso Jereissati em 2010, lançamento de Camilo Santana, pelo PT, a governador em 2014. Há outros mais. Vejam: são movimentos baseados no entendimento de que é preciso ampliar para manter o poder, que é o sentido da política.

Vamos aguardar (FC).

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