O dia

 


Quando você une as mãos,como em oração, há a simbologia do perdão pedido, da humildade mostrada, da concentração buscada, das bandas que se juntam e formam um todo. Faz muito tempo, muito tempo mesmo, li Filgueiras Lima, o poeta e professor criador do Colégio Lourenço Filho, cujo nome homenageava uma admiração que ele, Filgueiras, tinha pelo mestre. Ele dizia...Ensino como quem reza; com a alma genuflexa. Se estiver errado,se deixe guiar pelo sentido da emoção, afinal a idade às vezes nos faz criar em cima do que tenhamos esquecido. Enfim; as mãos postas nos remetem a mais que união; nos falam de pensamentos puros, se juntas sobre o rosto ou sobre a cabeça. As mãos postas nos remetem ao amor e à perfeição da bomba propulsora que nos irriga a vida, que juntas e postas à altura do peito, do coração. As mãos postas, são o gesto que nos leva a Deus e em Deus pecar e ser perdoado. É puro juntar as mãos e, no real dos mundos, descer de casa, ver os rostos na feira das quintas, ouvir os vendedores na feira das quinta, sentir os compradores nas feiras das quintas e...agradecer pelo novo dia que em genuflexão e humildade vence a noite e faz com que tudo volte às claras. É a vida. Um novo dia. Um novo agradecer pela novidade que parece igual...não é. Olha de novo...

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