O dia

 


Sexta feira a turma costuma de reunir pra comemorar a semana e falar de mal e de bem das coisas e das pessoas. Mais de mal, porque de bem anda difícil, nos últimos tempos. Geralmente é troco, daí que a idéia de que bala trocada não dói parece ser verdade. Neguim fala mal do um e o um quando nem sabe, só desconfia, deita a falar mal do outro. Lá em 1962, olha que isso faz tempo, criei um programa de rádio onde escrevia sobre música. Pegava uma música, pesquisava sobre autores, cantores, intérpretes e tal e botava pra tocar. Aí, em seguida, depois da pesquisa feita, botava pra tocar arranjos daquela musica com outras vozes e orquestras que não o original. Chamava Arranjos Modernos e dava um trabalho miserável. Não sei se você sabe mas em 1962 não havia internet, não havia quase nada para esse tipo de pesquisa, mas ficava fuçando na discoteca e achava contracapas de discos e sempre encontrava alguma coisa. E danava a escrever na velha Remington, com cópia para o operador. É que também não tinha como gravar o programa. Era ao vivo, que nem a vida. Então não tinha ensaio, que nem a peça da vida. As vezes dava errado, às vezes não. Dava tudo certo. Pois olhe, se você tem como escrever um arranjo novo pra sua sexta feira, faça-o. Procure uma coisa que lhe remeta a alguma coisa diferente,não necessariamente nova, mas um arranjo moderno, no sentido de clarear um pensamento,até um novo /velho bem querer. Se vire. Hoje é sexta feira, fim de semana na porta. Espie aí o céu alumiando suas ideias...Se um galo cantar enquanto cê estiver lendo isso, lembre do Galo de Barcelos. Conhece a historia do Galo de Barcelos? Passei tantas vezes la,em Barcelos, que decorei. Outro dia conto. Vamos à sexta feira...

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