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 Ciro Gomes diz que recebeu "facada poderosa" dos irmãos no Ceará


Enquanto Ciro insiste em uma campanha bélica, seus irmãos Cid e Ivo Gomes trabalham para preservar algum diálogo com o PT. Eunício Oliveira diz que é tudo "jogo de cena"
27 de setembro de 2022, 13:00 h Atualizado em 27 de setembro de 2022, 13:00
Foto - Cid, Ivo e Ciro Gomes (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado | Reprodução/Facebook | REUTERS/Carla Carniel)
247 - O presidenciável Ciro Gomes (PDT) não deverá ir ao Ceará, seu reduto eleitoral, na reta final da campanha. Estagnado nas pesquisas e rompido com o senador Cid Gomes (PDT-CE) e o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT), seus irmãos, Ciro afirmou ter recebido “uma facada poderosa nas costas” no estado em que fez sua trajetória política.
"Recebi uma facada poderosa nas costas. A traição é a cara do momento no Ceará. Resolvi não ir ao meu Estado [durante a campanha] pela primeira vez. Que o cearense diga lá o que quer fazer de mim”, disse o pedetista em uma entrevista recente ao podcast Claudio Talks, do site O Antagonista.
Uma das razões do racha familiar está ligado ao apoio de Cid e Ivo Gomes a Camilo Santana (PT), que disputa o Senado. Outro ponto está no fato de que a candidata natural para disputar o governo seria a atual governadora, Izolda Cela, do PDT, com o apoio do PT. Ciro, porém, impôs, à revelia até de seus irmãos e sem diálogo com o partido, que o candidato seria Roberto Cláudio. O resultado foi o rompimento da aliança de 16 anos com o PT e a desfiliação de Izolda do PDT. Ela anunciou que irá apoiar Camilo Santana e o candidato do PT, Elmano Freitas, para o governo estadual.
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Apesar do racha, o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE) avalia a questão com um como “jogo de cena” visando uma reaproximação com o PT, caso a legenda vença o pleito estadual. “É jogo de cena. Eles não brigam entre eles, não. Eles querem uma boquinha porque perderam o Brasil. O Ciro destruiu tudo, ninguém pode ser ministro de um e nem de outro”, disse o ex-parlamentar ao jornal O Estado de S. Paulo.
“No Brasil e no Ceará, Ciro morreu. O candidato dele não vai nem para o segundo turno. Ele perde para o Bolsonaro feio no Ceará, infelizmente. Então, vai tentar uma boquinha no governo do Elmano via Cid e via Camilo”, ressaltou mais à frente.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que deverá entrar na campanha de Roberto Cláudio para a chefia do Executivo nos próximos dias, mas que Ciro não deverá participar dos atos previstos. “Com esse negócio da questão familiar, ele vai só votar lá. Acho que ele não vai fazer nenhuma programação de rua, mas ainda não está fechado”, ressaltou.
De acordo com pesquisa Ipec divulgada na segunda-feira (26), Ciro registra 10% da preferência do eleitorado cearense, ficando atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem 63% das intenções de voto, e de Jair Bolsonaro (PL), que aparece com 18%. Até mesmo o candidato apoiado por ele na disputa pelo governo estadual está ameaçado de não conseguir passar para o segundo turno. Ali, a disputa está concentrada entre Elmano, que tem o apoio do ex-presidente Lula (PT), e Capitão Wagner (União Brasil), que conta com o apoio do Planalto.

Penso eu - O 247 e o Estadão não fazem a mínima ideia de quem é cada um dos citados na reportagem. Como diria o saudoso coronel Adauto...Eu te conheço Ceará.

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