Pelé
Uma das raras férias que tive na vida foi logo depois de fazer parte de uma grande equipe para a campanha da Globo, "Nordestinos, o Brasil em busca de soluções".
Fui à Europa e, sentado ao lado da Acrópole, em Athenas, na Grécia, um grego, comum, do povo, leu o nome Brasil na camiseta que usava com a frase da ação social global.
Apontou pro meu peito e apenas falou... Brasil. Pelé.
Um tempo depois fui trabalhar em NY. Fui cobrir a ONU, onde discursava pela primeira vez o Presidente Sarney. O Lucas Mendes me levou até bem perto do púlpito de onde, credenciado, pude até falar com o presidente logo depois da fala dele e, lembro bem, falamos sobre Bandeira Tribuzi,que ele citou no discurso. Havia um moço nos fotografando. Ao final perguntei ao Lucas se ele conhecia. Sim, respondeu. É o Ney Bancchi. Mora em Paris. Mas olha, tirou uma caneta do bolso, anotou um número e disse: Liga pra esse número. O Ney se hospeda aí. Ele pode te arrumar a foto. Era o Sarney, o Lucas e eu, o que eu queria. Do Edson Hotel liguei. Atendeu um vozeirão em inglês. Me apresentei em português e perguntei pelo Ney, sem dizer claro, quem me havia dado o número. - Não está mais. Saiu há pouco para Paris. Agradeci e desliguei. O Ney era hóspede do Pelé. O dono da casa, o do vozeirão havia atendido à ligação. Era ele.

Nenhum comentário:
Postar um comentário