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Primeiras-damas iniciam ano discutindo programas sociais

 


No Ceará, as primeiras-damas do estado e da Assembleia Legislativa, respectivamente Lia de Freitas e Cristiane Leitão, têm começado a se articular na discussão de temas relevantes aos projetos ligados a programas sociais.
O tema foi pauta de encontro na última semana, quando as duas discutiram a possibilidade de ações conjuntas voltadas à expansão dos atendimentos especializados para crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista (TEA) ou síndrome de Down.

Cristiane Leitão, que também é líder do Comitê de Responsabilidade Social da Assembleia Legislativa, ressaltou que o objetivo do encontro foi organizar dois grandes projetos: o Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi), que atende crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e síndrome de Down. “Estamos contando com essa sensibilidade da primeira-dama Lia de Freitas para elevar essa bandeira para todos os cearenses”, assinalou.
O encontro incluiu preliminarmente possíveis ações de combate à fome. “Então, estamos construindo iniciativas junto com o Poder Executivo. Nós, da Assembleia, trabalharemos na construção de um pacto, com capacitações que levem à empregabilidade, à renda e ao combate à fome”, pontuou Cristiane.

Ciadi
Lia de Freitas e Cristiane Leitão se reuniram ainda com o orientador do Ciadi, Bráulio Costa. Ao todo, 67 pessoas são atendidas pelo centro, sendo 59 crianças e oito adolescentes. Na conversa sobre o combate à fome, a reunião foi com a secretária-executiva do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Alece, Luiza de Marilac.
O órgão de pesquisa tem como atribuição oferecer os embasamentos técnico-científicos necessários na construção de políticas públicas. De 2007 a 2023, o conselho desenvolveu cinco pactos sociais: o Pacto das Águas, o Pacto pela Vida, o Pacto pela Convivência com o Semiárido Cearense, o Pacto pelo Pecém e o Pacto pelo Saneamento Básico.
“A Assembleia Legislativa tem tido uma experiência em várias ações de qualificação de mulheres, na parte de renda, como também trabalho com o desenvolvimento infantil. Então, somaremos ideias para que possamos implementar ações a médio e longo prazo e permanentes para a população do nosso Estado”, disse Lia de Freitas.

Secretários
Anteriormente, Lia de Freitas já havia reunido representantes das secretarias de estado para pautar o programa de combate à fome do Governo do Estado – à época ainda tramitando como projeto na Assembleia Legislativa. A primeira-dama do Ceará esteve com profissionais da Casa Civil, das secretarias da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) e do Desenvolvimento Agrário (SDA), além do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Foi debatido, na ocasião, o mapeamento dos critérios para seleção de Unidades Sociais Produtoras de Refeição (USPR). Os pontos apresentados levaram em consideração o porte dos municípios, a quantidade de distritos de cada um deles, bem como a renda de sua população. “Tivemos a contribuição dos membros da SPS para discutir junto à SDA sobre as emendas aprovadas pela Alece ao projeto de Lei que institui a criação do programa Ceará Sem Fome. Nesta pauta, acrescentamos as contribuições dos deputados, que foram de extrema importância ao programa, como a inclusão da agricultura familiar e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional”, detalhou, na ocasião, a primeira-dama.

O programa
O Ceará Sem Fome, conforme a proposta enviada por Elmano, terá três frentes. A primeira delas é a distribuição de um Cartão Alimentação, que avaliará critérios, como famílias cadastradas no CadÚnico, que atendem às normas de entrada no Bolsa Família, mas que estão em fila de espera; famílias, que mesmo recebendo o benefício supracitado, possuem renda insuficiente para alimentação ou com rendimento per capita com transferência de até R$ 168; famílias chefiadas por mulheres com baixa escolaridade ou com criança e adolescente de até 14 anos. A estimativa é que, somados os públicos de todos esses critérios, ao todo, 86.410 famílias em todo o Ceará sejam beneficiadas. No total, serão 432 mil pessoas.

A segunda frente é o aprimoramento e criação de Unidades Sociais Produtoras de Refeição (USPR). Serão 100 mil pessoas atendidas com uma estimativa de 1.000 USPR, que deverão atender 100 pessoas por dia. O programa prevê ainda um auxílio financeiro – por meio de um cartão – para pagamento dos custos decorrentes da preparação das refeições.

A terceira iniciativa trata-se da distribuição de itens de gênero alimentício, de higiene e limpeza, entre outros. A arrecadação ocorrerá mediante a realização de um grande impacto, que integrará não só o Poder Público, mas também a própria sociedade civil e todos com grande potencial de contribuir, a seu modo, no combate à fome em todo o Estado.

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