O dia

 



A estiagem de ontem, enquanto o sol foi dono do dia, deu pra tirar a velharia dos armários pra tirar o mofo. Como vai ser o dia, esta quinta de feira aqui pertinho de casa, parte dela no átrio da Matriz de Nossa Senhora da Saúde, no Mucuripe, só Deus sabe.

È que tem tanta gente dando pitaco, em tudo, conversando água se dizendo entender de tudo que nem louvor de religioso vence.

Sabe aquela história antiga do pintor que pediu opinião a um sapateiro sobre a sandália que havia pintado numa tela? Aqui tá cheio de sapateiros e sapateiras. E sem a menor sem-cerimônia de opinar sobre a Nasa, a Nasdac, a ... sei lá, sobre tudo.

Isso nos remete à idéia de que o silêncio tem sua eloquência. Por isso chamam a coruja de inteligente, mestra, professora. Tudo porque a coruja não canta. Mal dá um pio.

Vamos à feira. Renovar a paçoca, a siriguela, o cajá, (acredite: tem gente vendendo jambo e oití) e minha esperança é um dia comprar na feira melão-de-são-caetano.

Vamos à quinta, vamos à quinta...

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