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Uma data

 


De que vale uma saudade? Se saudade é vontade de ver de novo, venham a mim todas as saudades. Mas há quem diga que...se as imagens na saudade, fossem sensíveis, reais, bastaria a saudade, nada mais. Estou 285 anos saudoso daquilo que não vi, lá, quando em festa seus líderes a fizeram maior, sede, inteira, íntegra, indiscutivel, verdadeira e definitiva. Assim, posso ter uma lembrança do que não ví, lá no pasto, na rudeza do momento ou na riqueza de seu casario, nos becos que o poeta chama estreitos, nos casarões imponentes que preservam coragem e valentia e, mais que tudo, são o próprio escaninho que armazena a história de um povo, um Estado, uma Nação. Vivo esses 285 anos pisando nos largos passeios, no átrio de suas igrejas seculares, nos títulos dos baronatos ou peço vênia às lazarinas para sonhar no regaço macio do rio que passa e que leva lembranças pra nunca mais a memória apague. Com o coração em festa, a alma genuflexa, a palavra embotada pela lágrima de seu povo em festa, calo e sinto que 285 anos são só um tempo; a realidade é outra e se chama ICÓ.
Hoje no seu dia, à sua história e à sua gente, rendo-me a todos os seus encantos.

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