Está no coluna de hoje do colunista Fernando Maia, no jornal OEstadoCe
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi pode ser acusado como maior culpado pela derrota humilhante desse partido no Ceará. Os “insatisfeitos” com a gerência do partido foram buscar nos alfarrábios a verdade que vinha sendo administrada por “satisfeitos” empolados. Os insatisfeitos querem as vísceras de fora para exibir como troféu da má gestão que levou o partido a quebrar uma unidade de trinta anos. Não há heróis nem indolentes nessa batalha de vista grossa para a sujeira embaixo do tapete. Há vitoriosos impiedosos de um lado, e maus perdedores do outro, prevalecendo a falta de bom senso que recomenda canja de galinha e pajelanças para acalmar a tropa e caciques pintados pra guerra.
O rosário de erros cometidos do PDT em 2022 teve o dedo de Carlos Lupi, a partir do momento em que ele, açodadamente, sem respeitar as demais lideranças, delegou a Ciro Gomes todo o poder para montar uma ciranda para vencer duas eleições. O que se viu foi a maior derrota do PDT em toda a sua história no Ceará. Para repetir as vitórias anteriores da aliança PDT-PT, o esquema a ser montado seria objetivo e de grande simplicidade reelegendo a governadora Izolda Cela, fazendo do ex-prefeito Roberto Cláudio o deputado federal mais votado do estado, enquanto esperava a sua vez de chegar à Abolição. Com total aval de Lupi, Ciro construiu uma narrativa pessoal para armar a campanha do seu candidato, deixando de ouvir os seus pares do PDT, e os aliados do PT. Não foi só Carlos Lupi o principal mentor do suicídio pedetista. Derrotado pela quarta vez numa disputa presidencial e principal responsável pelo fracasso de 2023 no seu estado, o Rei está deposto, restando ao Príncipe manter a Casa Real.
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